11 de outubro de 2016

A rota do petróleo em risco

Os ataques com mísseis, perpetrados a partir de Iémen, sobre navegação militar junto às concorridas rotas marítimas das proximidades, estão a preocupar, seriamente, os operadores mundiais de transporte e seguradoras globais. Esta situação poderá interromper o fornecimento de petróleo e de outros produtos vitais passam pela área afectada.
O Bab el-Mandeb tem 18 milhas náuticas de largura no seu ponto mais estreito, o que confina o tráfego de navios a dois corredores com 2 milhas náuticas para cada sentido. Tem vindo a ser uma preocupação dos países ocidentais nos últimos anos devido ao surto de pirataria Somali. Situa-se entre o Corno de África e a Península Arábica, sendo ligação estratégica entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Índico. O Estreito está localizado entre o Iémen, Djibuti e Eritreia, ligando o Mar Vermelho com o Golfo de Áden e o Mar Arábico. A maioria das exportações do Golfo Pérsico que atravessam o Canal de Suez, além dos provenientes do Pipeline SUMED, passam por este Estreito.
A rota está entre as mais movimentadas e utilizadas mundialmente, estimando-se que 3,8 milhões de barris diários de petróleo bruto e produtos petrolíferos refinados fluam anualmente através desta via marítima, com destino à Europa, Estados Unidos e Ásia.
O hipotético encerramento do Bab el-Mandeb impediria a navegação de alcançar o Canal de Suez, desviando-a para a Rota do Cabo, pelo extremo sul de África, o que aumentaria drasticamente o tempo de trânsito e o custo do transporte.
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