3 de outubro de 2016

As movimentações da OPEP poderão provocar o regresso a valores de há 3-4 anos?

Depois de longas semanas de negociações na perspectiva de um acordo sobre um possível corte na produção de petróleo, os ministros da OPEP anunciaram à imprensa mundial (em Argel, a 28 de Setembro) uma proposta de corte na produção.
A presente proposta, sugerida pelos sauditas, para limitar a produção da OPEP, foi prontamente apresentada como o primeiro corte pelo cartel desde 2008. Também, de imediato, os comentadores acreditaram ver nela "a bandeira de rendição da OPEP".
Na verdade, não sucedeu uma coisa, nem outra. Para começar, não foi, ainda, apontado qual dos membros da OPEP seria responsável pelo corte. Por sua vez, não são publicadas quotas individuais dos respectivos membros desde Dezembro de 2008. Além disso, foi claramente indicado que as deliberações formais sobre a concretização de tal corte, só seriam tomadas na próxima reunião da OPEP em Viena, a 30 de Novembro, sabendo-se, desde já, que o Irão não irá participar.
Neste cenário, duvida-se como a proposta de corte irá ser operacionalizada e qual o efeito, se algum e duradouro, sobre o preço futuro do petróleo. Ou seja, dizem os analistas que a lei da oferta e procura irá prevalecer sobre as tentativas de manipulação do mercado, com excesso de oferta de petróleo.
Segundo a Fitch Ratings: "Os preços do petróleo vão continuar a sua recuperação, embora não se estimem que sejam substanciais".
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