13 de outubro de 2016

A DSME, em profunda reestruturação, irá cortar mais de 3.000 postos de trabalho

A DSME (Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co.), segunda maior construtora naval do mundo, planeia eliminar cerca de 3.000 empregos, 24% da sua força de trabalho, já este ano, numa medida incluída num vasto plano de reestruturação para consolidar a sua saúde financeira. Lembro que a Comissão de Valores de Seoul mandou suspender a cotação da DSME pelo prazo de um ano, em 30 de Setembro último, para que a empresa saneasse as suas contas.
No meio das crescentes preocupações sobre a sobrevivência da empresa, a Daewoo lançou, entretanto, um programa de reformas voluntárias antecipadas, até 21 de Outubro, tendo aberto inscrições para o efeito. A empresa era responsável por 12.699 empregos directos no final de Junho e quer baixar esse número para baixo dos 10 mil. Contabilizando os trabalhadores afectos a fornecedores contratados, na empresa trabalham cerca de 40.000 pessoas.
É preciso recordar que a DSME perdeu 1,1 mil milhões USD no primeiro semestre do ano, apesar da sua previsão interna de resultados positivos. Além de um declínio acentuado nas encomendas, teve dificuldades em assegurar os pagamentos de entrega de, pelo menos, dois navios de alto valor, o que veio criar enormes constrangimentos ao balanço da empresa.
A conhecida empresa de consultoria McKinsey & Co. publicou um relatório sobre o estado da indústria de construção naval da Coreia do Sul, sendo que as suas conclusões são terríveis: a McKinsey acredita que a DSME pode não sobreviver além de 2020, devido a uma margem operacional negativa e de dificuldades graves de liquidez. Acrescentam os consultores que, devido à crise global na indústria de construção naval, é inevitável que os três construtores navais Sul-Coreanos enfrentarão perdas severas nos próximos anos.
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