A marinha do Sri Lanka está a rebocar o superpetroleiro atingido para longe da costa leste da ilha, no Oceano Índico, enquanto um avião da Guarda Costeira indiana pulverizava dispersantes químicos numa estreita e longa mancha de óleo que se desenha na sua popa.
Na quinta-feira passada, houve um incêndio na sala de máquinas do navio-tanque New Diamond de propriedade grega. Acredita-se que o incêndio tenha sido apagado no domingo e reacendido um dia depois, na zona da chaminé.
Carregado com 2 milhões de barris de petróleo bruto, há temores de que o acidente possa causar um desastre ambiental embora, até agora, as manchas resultem da fuga de óleo combustível marinho e não de petróleo.
“Esta manhã, quando começamos a mover o navio, notamos outra mancha atrás. Tem cerca de 1-2 milhas náuticas (1,8-3,6 quilómetros), é mais longa do que a anterior”, disse Indika da Silva, porta-voz da Marinha do Sri Lanka.
A primeira mancha, descoberta na terça-feira, tinha cerca de um quilómetro de comprimento.
A mancha, composta por combustível marinho e resíduos do fogo, foi pulverizada com dispersantes químicos por uma aeronave Dornier destacada pela Guarda Costeira indiana, disse Silva.
Três membros de uma equipa de salvamento embarcaram no navio-tanque na quarta-feira para avaliar os danos, enquanto um rebocador de alto-mar rebocou o navio até 41 milhas náuticas (76 kms) ao largo da costa leste do Sri Lanka.
A Porto Emporios Shipping Inc, com sede na Grécia, é o proprietário registado do New Diamond, superpetroleiro com bandeira do Panamá, de acordo com dados da Refinitiv. A New Shipping Ltd é a operadora do navio.
Será provável a interposição de ação legal movida contra o proprietário sob as leis do Sri Lanka que protegem o ecossistema marinho, disse Jagath Gunesekara, vice-presieente geral da Autoridade de Proteção do Meio Ambiente Marinho (MEPA). “Estamos a decidir se reclamamos responsabilidade criminal ou civil, ou ambas”, disse Gunesekara.
O Sri Lanka enviou uma equipa de cientistas e especialistas do MEPA examinar a área em torno do navio e uma outra pesquisar em áreas costeiras por sinais de poluição.
“Fui informada que havia alguma vida marinha, como tartarugas, mais perto do incidente, pelo que este derrame de óleo terá, definitivamente, danificado essas espécies”, disse a presidente do MEPA, Dharshani Lahandapura, à Reuters.
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