Demissões e mudanças gerenciais preparam a Maersk para embarcar na década de 20.
O grupo de transporte marítimo Maersk cortará empregos como parte de uma grande reorganização. Haverá demissões e mudanças na gestão quando a Maersk lançar o seu novo plano estratégico, que visa otimizar a eficiência e competitividade do grupo. “Difícil, mas inevitável”, pode ler-se num e-mail interno enviado aos funcionários.
A Maersk, que movimenta cerca de um em cada cinco contentores embarcados em todo o mundo, está sob pressão dos investidores para acelerar a sua transformação de conglomerado pesado numa empresa mais “lean” (simples e dinâmica).
A empresa vendeu os seus ativos de petróleo e gás em 2017 para a Total como parte dos esforços para se tornar uma empresa mais ágil, focada nos seus negócios de contentores e logística terrestre para grandes clientes como, p. ex., as Walmart e Nike.
A integração de seu negócio de agenciamento de carga Damco e da transportadora Safmarine, focada no tráfego em África, ocorrerá até o final deste ano, bem como a operação da Hamburg Sud, que também será afetada pela mudança, diz-se no e-mail.
"Simplificar a organização terá um impacto lamentável na força laboral devido à duplicação de funções e funções que não serão mais necessárias", escreeu o diretor comercial Vincent Clerc no e-mail.
Um porta-voz da Maersk disse que entre 26.000 e 27.000 funcionários, do total dos 80.000 funcionários da Maersk, serão afetados pela reestruturação.
A empresa não informou quantos serão dispensados e o e-mail interno também não deu detalhes sobre o número de demissões. A Hamburg Sud, que a Maersk comprou em 2016, permanecerá uma marca separada, mas o seu back office será transferido para o da Maersk, disse a empresa.
A unidade Hamburg Sud emprega 4.500 pessoas, enquanto a Damco e a Safmarine têm, respetivamente, 2.300 e 1.100 funcionários, de acordo com a Maersk.
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