A Agência de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino
Unido publicou o seu relatório sobre a colisão, no ano passado, entre um barco
a motor histórico e um ferry de DFDS, no Rio Humber, identificando uma série de
questões de segurança na App para navegação.
Em 16 de maio de 2016, o navio de carga ro-ro, de bandeira dinamarquesa, m/v Petunia Seaways e o barco de madeira a motor Peggotty colidiram no
rio Humber debaixo de névoa cerrada. O barco de madeira ficou gravemente
danificado após a colisão, vindo a afundar.
Não houve ferimentos ou poluição significativa a lamentar.
O relatório do MAIB diz que “apesar do Peggotty estar
visível nos radares, tanto do VTS de Humber como do m/v Petunia Seaways, o do ro-ro não adquiriu nem rastreou o alvo”. Após a colisão a equipa da ponte de ferry
não tinha conhecimento do incidente até que foi, posteriormente, informada
pelo VTS de Humber sobre o mesmo.
Uma das conclusões mais surpreendentes do relatório, no entanto, é a de que
o capitão do Peggotty, um experiente piloto profissional, de folga, se
baseou, unicamente, num aplicativo de navegação electrónica num iPad ligado a wifi, como o seu principal meio de navegação.
“A aparente funcionalidade do aplicativo de navegação iPad deu ao skipper uma falsa confiança na capacidade de navegar com segurança em
névoa densa”, pode ler-se no relatório do MAIB. “Entretanto, ninguém tinha
usado o sistema antes e nenhum outro equipamento auxiliar de navegação, tal como o equipamento radar no
mastro, foi considerado. Portanto, quando o iPad
perdeu o sinal Wi-Fi e o aplicativo parou de funcionar no
iPad, o barco a
motor ficou imerso na névoa sem balizagem visível e o skipper perdeu, por completo, a sua consciência situacional. Apesar
disso, ele continuou a navegar, esperando avistar uma bóia de canal próxima.”Artigo original
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