Os bancos estatais sul-coreanos estão a preparar um novo
plano de resgate de US $ 2,6 mil milhões para ajudar a Daewoo Shipbuilding
& Marine Engineering Co Ltd, que tem vindo a acumular enormes perdas de projectos
offshore e corre o risco de ficar em
liquidez e de não saldar dívidas a curto prazo.
A Daewoo, a Hyundai Heavy Industries e a Samsung Heavy
Industries são os principais construtores da Coreia do Sul – uma força económica
massiva e uma fonte de orgulho nacional. No entanto, caíram no vermelho em 2015,
no meio de uma desaceleração das trocas comerciais de matérias-primas e dos volumes
comerciais transaccionados, levando a cortes de custos e vendas de activos.
Dos três, a situação da Daewoo é a mais difícil. A DSME encontra-se
a sair de um escândalo de sonegação de prejuízos nos relatórios contabilísticos
– que já levou à prisão dos principais corpos gerentes – passou por uma queda
brutal de encomendas em 2016 e enfrenta, agora, atrasos adicionais no pagamento
de uma sonda ordenada pela Sonangol EP, de Angola, o que veio reduzir a
liquidez da Daewoo a níveis críticos.
O banco central da Coreia do Sul já disse que o plano de
resgate era “inevitável” ao considerar as consequências económicas de deixar a
empresa fechar.
Em caso de falência, cerca de 50.000 pessoas perderiam os
seus empregos, o mesmo sucedendo a cerca de 1.300 de subcontratados por
empreiteiros. Além disso, os bancos credores da Daewoo seriam responsáveis
por garantias de reembolso em massa de taxas de construção pré-pagas e teriam
de reservar provisões de empréstimos não produtivos de até 10,9 mil milhões de US$.
A economia sul-coreana poderia sofrer um abalo de 35.000 milhões de US$ se a Daewoo
entrar em falência este ano, acrescentaram especialistas.
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