24 de março de 2017

Novo resgate de 2.600 milhões de US$ para a DSME

Os bancos estatais sul-coreanos estão a preparar um novo plano de resgate de US $ 2,6 mil milhões para ajudar a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co Ltd, que tem vindo a acumular enormes perdas de projectos offshore e corre o risco de ficar em liquidez e de não saldar dívidas a curto prazo.
A Daewoo, a Hyundai Heavy Industries e a Samsung Heavy Industries são os principais construtores da Coreia do Sul – uma força económica massiva e uma fonte de orgulho nacional. No entanto, caíram no vermelho em 2015, no meio de uma desaceleração das trocas comerciais de matérias-primas e dos volumes comerciais transaccionados, levando a cortes de custos e vendas de activos.
Dos três, a situação da Daewoo é a mais difícil. A DSME encontra-se a sair de um escândalo de sonegação de prejuízos nos relatórios contabilísticos – que já levou à prisão dos principais corpos gerentes – passou por uma queda brutal de encomendas em 2016 e enfrenta, agora, atrasos adicionais no pagamento de uma sonda ordenada pela Sonangol EP, de Angola, o que veio reduzir a liquidez da Daewoo a níveis críticos.
O banco central da Coreia do Sul já disse que o plano de resgate era “inevitável” ao considerar as consequências económicas de deixar a empresa fechar.

Em caso de falência, cerca de 50.000 pessoas perderiam os seus empregos, o mesmo sucedendo a cerca de 1.300 de subcontratados por empreiteiros. Além disso, os bancos credores da Daewoo seriam responsáveis ​​por garantias de reembolso em massa de taxas de construção pré-pagas e teriam de reservar provisões de empréstimos não produtivos de até 10,9 mil milhões de US$. A economia sul-coreana poderia sofrer um abalo de 35.000 milhões de US$ se a Daewoo entrar em falência este ano, acrescentaram especialistas.

Sem comentários:

Enviar um comentário