Os sequestradores do petroleiro Aris 13 exigiram resgate pela libertação do navio, que foi assaltado
ao largo da costa da Somália e levado para a cidade portuária de Alula. Oito
membros da tripulação originários do Sri Lanka foram feitos reféns pelos
piratas.
Abdirahman Mohamud Hassan, Director Geral das Forças
Policiais Marítimas de Puntland, disse à Reuters: “Estamos determinados em
resgatar o navio e a sua tripulação. As nossas forças partiram para Alula. É
nosso dever resgatar o navio sequestrado pelos piratas e vamos salvá-lo.”
Este incidente marca o primeiro acto de pirataria, bem-sucedido,
praticado contra um navio comercial desde 2012. Com uma tonelagem bruta de 1.800,
o navio tanque de abastecimento Aris 13 é propriedade da empresa
panamiana Armi Shipping e administrado pela Aurora Ship Management, dos
Emirados Árabes Unidos.
O relatório anual da pirataria do Bureau Marítimo
Internacional da ICC (IMB) revelou, no início de 2017, que haviam sido sequestrados
no mar mais tripulantes em 2016, do que em qualquer dos 10 anos anteriores,
apesar da pirataria global ter atingido os níveis mais baixos desde 1998.
Na sequência do sequestro do Aris 13, ao largo de Puntland, na Somália, o Secretário-Geral da
OMI, Kitack Lim, exortou a indústria naval a aplicar de forma diligente e
continuada as orientações da IMO e as melhores práticas de gestão para evitar
possíveis ataques de piratas.
“Embora tenhamos visto um declínio muito apreciável na actividade
pirata ao largo da Somália, desde o último sequestro por piratas somalis conhecido,
em 2012, a realidade é que a pirataria ao largo da costa da Somália não foi
erradicada e as condições subjacentes não mudaram. A navegação mercante deve
continuar a tomar medidas de protecção contra possíveis ataques de piratas no
Golfo de Áden e na parte ocidental do Oceano Índico, através da conveniente aplicação
das orientações da IMO e das Melhores Práticas de Gestão”, disse Lim.
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