O GNL (Gás Natural Liquefeito, constituído principalmente
por metano) está a ser promovido como um combustível amigo do ambiente.
Tem uma série de vantagens para a mesma potência:
- Emite menos CO2, gás com efeito de estufa, e
- As emissões de alguns contaminantes como NOx, SOx e Particulas são inferiores, em comparação com um motor diesel em óleo combustível, sem sistema de tratamento de gases de escape.
Contudo, são obtidos os mesmos ou, até mesmo, melhores
resultados utilizando o tratamento de gases de escape, evitando-se as
importantes desvantagens ambientais e operacionais do GNL.
As fugas de metano (durante a produção, o transporte e o
abastecimento de combustível) e a fuga de metano nos motores de dupla
carga (gás que não é queimado, sendo libertado, directamente, na atmosfera) são
significativos.
O metano é um gás com efeito de estufa muito grande: durante
um período de 100 anos, o efeito do metano sobre o aquecimento global é 34
vezes maior do que a mesma quantidade de CO2. Daqui resulta, que a maioria dos
estudos conclui que, com a actual tecnologia, o GNL como combustível não é
melhor e, na maioria dos casos, até é pior que o óleo combustível pesado no que
respeita o aquecimento global.
A disponibilidade de GNL está longe de ser global, sendo
considerada deficiente em muitas partes do mundo. Além disso, devido a
restrições de espaço e custo, as dragas a GNL têm uma capacidade muito limitada
e, portanto, uma autonomia de apenas uma semana. Assim, na prática, uma draga a
GNL apenas, ocasionalmente, é capaz de operar com GNL ou operar numa área
geográfica limitada com capacidade de abastecimento.
Assim o óleo combustível normal terá de ser usado na
maior parte do tempo, ou na maior parte do mundo, e, portanto, sem qualquer
melhoria em relação às emissões.Artigo original
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