O Ministério dos Oceanos e Pescas da Coreia do Sul anunciou
hoje que encontrou ossos no convés do navio heavy-lift
que transporta os destroços do Sewol de regresso
ao porto. Os restos foram encontrados junto de sapatos e outros pertences,
inicialmente reconhecidos como de origem humana. No entanto, mais tarde, um
funcionário do ministério disse que afinal teriam origem animal e que os
investigadores tinham erradamente assumido outra coisa.
Foram 304 as pessoas que morreram em consequência do
desastre marítimo, a maioria delas adolescentes, estudantes do ensino médio, sendo
que o afundamento permanece um assunto sensível, tanto na política coreana como
no dia-a-dia da população. O destroço foi içado inteiro para a superfície devido
à pressão política das famílias dos desaparecidos, que querem as autoridades a examinarem
o casco para a descoberta de novas evidências criminais e para serem procurados
no seu interior os corpos de nove passageiros desaparecidos.
Os familiares dos desaparecidos reagiram muito mal, na
terça-feira, quando ouviram que possíveis restos de seus entes queridos poderiam
ter escapado através de buracos no casco, tendo exigido ao governo a busca
imediata no fundo por o que possa ter caído durante o içamento.
Em resposta à exigência pública, a Assembleia Nacional
da Coreia nomeou um comité especial de oito membros para reabrir uma
investigação sobre o naufrágio do Sewol. O painel tem um mandato de 10 meses
para examinar os factos e responsabilizar os responsáveis.Artigo original
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