30 de março de 2017

A fusão da UASC na Hapag-Lloyd conhece dificuldades

O processo de fusão da Hapag-Lloyd e da United Arab Shipping Company (UASC) foi suspenso para que a linha de navegação alemã e alguns bancos consigam garantias de que o principal accionista da UASC, o fundo soberano de Qatar, permanece comprometido com o negócio a longo prazo.
O presidente-executivo da Hapag Lloyd, Rolf Habben Jansen, disse, em entrevista recente, que havia subestimado a complexidade do acordo, compreendido entre os 7.600 e os 8.700 milhões de USD, que criaria uma das maiores companhias marítimas do mundo.
A Reuters informou que duas entidades financeiras tinham comentado que uma das principais preocupações da Hapag Lloyd e de alguns dos bancos que compõem o sindicato têm por base o receio de que o fundo Qatar poderia, no futuro, diminuir (leia-se: vender) a sua participação no grupo. Segundo essas fontes, a preocupação é que as empresas rivais possam vir a adquirir essa participação no grupo.
Pelo que se vai percebendo, o acordo só seguirá por diante se, tanto a Hapag Lloyd como os bancos consigam o compromisso de que não haveria uma venda de acções pela Qatar Investment Authority (QIA), um dos maiores fundos de riqueza soberana do mundo. O Qatar detém 51% da UASC, a Arábia Saudita tem 35% e o restante capital é detido pelos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Kuwait e Iraque.
A Hapag-Lloyd, que teria acesso a navios maiores na principal rota comercial da Ásia para a Europa através da fusão, disse que vai adiar a data de conclusão das negociações para 31 de maio, embora afirmando que o acordo não está em risco.
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