Numa manifestação internacional de apoio à actual situação
dos trabalhadores portuários espanhóis, o Coordenador Geral do Conselho
Internacional dos Trabalhadores Portuários (IDC), Jordi Aragunde, viajou ontem para
Bruxelas para informar a Comissão Europeia que o IDC se retirava do processo de
Diálogo Social Sectorial. O IDC também exigiu que a Comissária Europeia dos
Transportes Violeta Bulc tome uma posição oficial e inequívoca contra o
Decreto-Lei do Governo Espanhol, que projecta a despedida colectiva dos actuais
mais de 6000 trabalhadores portuários espanhóis, em vez de deixar o assunto nas
mãos dos tecnocratas da União Europeia (UE).
Além disso, a IDC instou a Comissária Bulc a respeitar o
compromisso assumido em Dezembro passado frente aos representantes espanhóis, quando
prometeu sensibilizar o Governo espanhol a restabelecer o diálogo com os
trabalhadores e as empresas, um diálogo que ela havia considerado indispensável,
antes de qualquer apresentação do Decreto-Lei. A Comissária Bulc já tinha
indicado aos representantes sindicais que abriria linhas directas de negociação,
assim que o Governo espanhol lhes tivesse enviado o texto do Decreto-Lei. No
entanto, até agora, ela não tomou qualquer posição.
para além de deixar de participar nas reuniões do
Diálogo Social Sectorial da CE, o IDC também anunciou uma série de medidas que
irão reforçar a luta dos mais de 6.000 trabalhadores portuários cujos empregos
estão agora ameaçados. A primeira delas é o que o IDC chamou de dia internacional
de greve em solidariedade com os trabalhadores portuários espanhóis. Este dia, a
realizar em 10 de Março, vai levar à paragem dos portos na Europa por três
horas e os do resto do mundo por uma hora. O IDC reuniu-se com os líderes da
Federação Internacional dos Trabalhadores do Transporte (ITF) para coordenar
esta acção conjunta.Artigo original
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