O graneleiro DL Marigold que tinha sido expulso das águas da
Nova Zelândia e daa Fiji no início deste mês por ter sido declarado como uma
ameaça de espécies invasoras está, agora, a ser limpo por uma equipa de
mergulhadores da Nova Zelândia, em águas internacionais ao largo das Fiji.
“Os locais offshore
não são os ideais”, segundo afirmou o Dr. Rob Hilliard, consultor de bioincrustação
e director da Intermarine Consulting. “Presumivelmente, foi considerada a
melhor opção para este caso pelos operadores da DL Marigold, devido às suas
restrições de carga e à distância para portos alternativos onde a sua incrustação
representasse uma ameaça de biossegurança mais baixa e aceitável”.
“A limpeza de casco em alto mar para fins de biossegurança é
caro e propenso a atrasos”, disse Hilliard. A mobilização de pessoal
especializado e o progresso das operações podem ser atrasados por uma série de
questões de logística, segurança e eficiência, que incluem:
·
Assegurar uma plataforma de mergulho apta para
fins especiais e operações por controlo remoto em águas profundas;
·
Disponibilidade temporal para preparar e
carregar os injectores de limpeza e tratamento, incluindo peças de reposição
suficientes para trabalhos remotos;
·
O combustível adicional dependente das condições
de tempo para alcançar e permanecer no local;
·
Gestão de operações ao lado de um navio não-fundeado
(incluindo navios DP, até porque os hélices representam riscos inaceitáveis
para os mergulhadores e as suas ligações)
·
Alteração das condições meteorológicas, entanto
um abrigo efectivo, com ventos alterando
a todo o momento, ondulação e correntes a interagirem continuamente com o
comportamento da deriva do navio (wind vaning, roll, yaw)
As autoridades da Nova Zelândia ordenaram que o DL Marigold,
registado no Panamá, zarpasse depois que seus mergulhadores descobriram uma densa
mancha de carcas e vermes tubulares no casco do navio.
Foi a primeira vez que um navio internacional foi condenado
a deixar um porto da Nova Zelândia por causa de bioincrustação. A partir de
maio do ano que vem, novas regras exigirão que todos os navios que cheguem à
Nova Zelândia tenham um casco limpo. Durante o período intercalar, o Ministério
da Nação para Indústrias Primárias pode tomar medidas em casos de grave bioincrustação.
Enquanto isso, a Nova Zelândia lançou um panfleto
explicativo para agentes e operadores de navios, delineando a sua política
provisória antes que os novos regulamentos entrem em vigor. O panfleto está
disponível no artigo original.Artigo original
Sem comentários:
Enviar um comentário