5 de março de 2017

No 30º aniversário do naufrágio do m/v Herald of Free Enterprise em Zeebrugge, não devemos esquecer as duras lições aprendidas

O m/v Herald of Free Enterprise era um ferry roll-off (RORO) que virou momentos depois de deixar o porto belga de Zeebrugge na noite de 6 de Março de 1987, causando a morte a 193 passageiros e tripulantes, das 539 pessoas a bordo.
O moderno ferry de 8 andares, propriedade da P & O, fora projectado para carregar e descarregar rapidamente na rota ultra competitiva do cruzamento do Canal da Mancha, não possuindo compartimentação estanque. Quando o navio deixou o porto com a porta de proa aberta, o mar imediatamente inundou os conveses e, em poucos minutos, estava virado de lado em águas pouco profundas (o que minimizou o número de vítimas).
A causa imediata do naufrágio foi definida como negligência por parte de um tripulante, que deveria ter fechado a porta de proa. Mas o inquérito oficial foi mais longe, tendo posto em causa toda a cadeia hierárquica e uma cultura geral de falta de comunicação (ou ineficaz) na própria operação de empresa de ferry P & O European Ferries.
O navio terminou os seus dias num sucateiro em Taiwan.
Desde a catástrofe, foram introduzidas melhorias na concepção de navios RORO, com rampas estanques, indicadores e avisadores que mostram a posição das portas de proa e a proibição de conveses não divididos de forma estanque.
Foi o maior número de mortes em acidente marítimo, em tempo de paz, com um navio britânico, desde o naufrágio do RMS Empress of Ireland em 1914.
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