18 de julho de 2018

UE e Japão assinam o maior acordo comercial da história

O Japão e a União Europeia assinaram, oficialmente, um dos maiores acordos comerciais da história, no que será visto como um contraponto às políticas proteccionistas de Donald Trump.
O Acordo de Parceria Económica, que demorou cinco anos a negociar, praticamente eliminará os impostos de importação de produtos japoneses para a UE, incluindo peças e sobressalentes de máquinas, chá e peixe, com previsão de entrada em vigor no final de 2019. Uma tarifa aduaneira de 10% sobre carros de passageiros será abolida a sete anos.
A Europa conseguiu convencer o Japão a enfrentar seu poderoso lobby agrícola, cortando as taxas sobre vinho importado, carne de porco, queijo, chocolate e outros produtos alimentícios. O Japão eliminará as taxas de mais de € 1 milhar de milhão de cerca de 94% sobre as importações europeias – quase por completa, disse a Comissão Europeia.
Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, disse que o acordo era um voto de confiança na ordem global do comércio livre baseado em regras. "No momento em que alguns questionam essa ordem, enviamos uma mensagem clara de que estamos contra o proteccionismo".
O acordo deve ser ratificado por ambos os parlamentos antes de entrar em vigor.
É previsível que o acordo venha a beneficiar as construtoras japonesas Toyota, Nissan, Suzuki e Mazda, removendo as tarifas de 10% sobre os carros japoneses. Também os fabricantes de peças auto japonesas Denso, Aisin Seiki e JTEKT irão beneficiar com a queda de 3% nas taxas sobre as autopeças.
O sector alimentar europeu é outro grande vencedor, especialmente em especialidades regionais de alta qualidade. O Japão impõe, actualmente, taxas aduaneiras elevadas sobre as importações de produtos alimentares e bebidas europeias premium, incluindo vinhos, queijos, chocolates, carnes e massas.
Finalmente, o sector marítimo de transportes e logística irá ser o terceiro beneficiado, sendo espectável o incremento das trocas comerciais entre estas duas potências comerciais, responsáveis por 30% da economia mundial.
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