Na
sua análise anual de segurança no transporte marítimo, a Allianz revelou que
2017 foi o segundo melhor da última década, no que concerne ao menor número de
perdas totais de navios. Em 2017, os números de perdas diminuíram ligeiramente
em 4%, de 98 para 94, embora as perdas nos últimos dez anos tenham reduzido em
mais de um terço (38%), impulsionadas pela melhor concepção de navios,
tecnologia e avanços na gestão de riscos e segurança, bem como de uma actividade
de transporte mais reduzida.
Principais
destaques decorrentes do relatório:
- No ano passado, 32% das perdas (30) ocorreram na região do Mar do Sul da China, Indochina, Indonésia e Filipinas, uma área onde têm ocorrido um número muito significativo de grandes incidentes de navegação na última década – o que levou alguns comentadores a apelidarem de “novo Triângulo das Bermudas”;
- Esta região não é apenas, reconhecidamente, de maior congestionamento de tráfego. Também é propensa a mau tempo – em 2017, o tufão Damrey contribuiu para 6 naufrágios;
- A região do Mediterrâneo Oriental e do Mar Negro é o segundo principal ponto de perdas (17), seguido pelas Ilhas Britânicas (8) e pelo Golfo Pérsico (6);
- Os navios de carga (53) representam mais de metade de todos os navios perdidos em 2017, com um acréscimo de 56% em relação a 2016, devido ao aumento de naufrágios;
- As perdas de navios de pesca e passageiros diminuíram em relação ao ano anterior;
- As perdas envolvendo graneleiros e petroleiros aumentaram, com os graneleiros respondendo por cinco das dez maiores perdas totais reportadas por GT;
- O afundamento foi a causa de mais da metade das 1.129 perdas relatadas na última década. O seu peso na estatística de 2017 foi, ainda, mais gravoso, com os naufrágios a representarem a maior parcela de perdas em 2017 (65%) – com o factor meteorológico a surgir como causa primária directa;
- O encalhe vem em segundo lugar (13) como causa de perda, seguido por avaria / falha de máquina (8);
- As perdas por fogo / explosão (6) diminuíram em relação a 2016;
- Houve 2.712 vítimas relatadas em 2017, um aumento de 3% em relação ao ano passado, impulsionado por um aumento nos incidentes de avarias nas máquinas – a principal causa de acidentes pessoais em todo o mundo (42%).
- A região do Mediterrâneo Oriental e do Mar Negro é o local mais frequente para incidentes.
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