12 de julho de 2018

Primeira baleia azul morta para fins comerciais em décadas

Voluntários da Sea Shepherd em Hvalfjordur, Islândia, documentaram a caça de uma baleia ameaçada de extinção na noite de 7 de julho, abatida para exportação para o Japão por uma empresa baleeira comercial islandesa.
O dono da empresa (constituída em Junho de 2018) é um dos homens mais ricos da Islândia e reagiu contra alegações de que sua empresa baleeira matou ilegalmente uma baleia de espécie protegida.
"Nunca caçamos uma baleia azul nas nossas águas desde que elas foram protegidas", disse Kristján Loftsson, diretor da Hvalur Hf, à CNN. "Nós vemo-las no oceano. Quando nos aproximamos de uma baleia azul, ela é tão diferente que a deixamos em paz."
O grupo conservacionista afirmou na quarta-feira que a empresa de Loftsson tinha matado uma baleia azul em Hvalfjordur. Voluntários monitorizaram a instalação baleeira e fotografaram trabalhadores vestidos de laranja a examinar a enorme carcaça.
As baleias azuis, os maiores animais existentes, são uma espécie protegida e não são deliberadamente capturados desde 1978, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.
Loftsson afirmou que a baleia em questão era uma baleia comum ou uma espécie híbrida, não protegida pela lei islandesa. Disse, ainda, que caso se tratasse de uma baleia azul a morte era puramente acidental. Os conservacionistas discordam, no entanto, afirmando que as fotos parecem mostrar uma baleia azul.
As Autoridades na Islândia agora vão, agora, realizar testes genéticos para determinar a espécie da baleia, o que pode levar meses até serem concluídos. Em declaração pública, um porta-voz do governo disse que "a questão está a ser levada a sério pelo governo e as autoridades relevantes estão a investigar esta situação". A informação inicial "sugere que o animal capturado não é provável ser uma baleia azul, mas sim um híbrido de uma baleia comum com uma baleia azul", acrescentou.
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