Os dois incêndios
seguidos que envolveram navios da Maersk, bem como a colisão do porta-contentores
no porto de Karachi há dias e que forçou o encerramento temporário do porto, vêm
destacar a importância de ter um seguro de carga, de acordo com a iContainers.
O grande
incêndio que eclodiu no “Maersk Honam” no Mar Arábico em 7 de Março matou pelo
menos quatro tripulantes (um desaparecido) e causou danos a centenas de contentores.
Em resultado, a gigante dinamarquesa declarou “avaria grossa” (ou comum), o que
significa que a carga sobrevivente tem que pagar uma parte do custo dos danos
do navio, o reboque, a limpeza, regularizações legais/judiciais, etc.
Em virtude
disso, a iContainers aconselha os operadores a comprarem cobertura adicional
para se protegerem dos piores cenários, pois o valor do seguro que todas as
transportadoras são obrigadas a oferecer por lei tem cobertura limitada.
Na
quarta-feira, a parceira da aliança 2M, a MSC, confirmou que o “Maersk Honam”
será rebocado para o porto de Jebel Ali, nos Emirados Árabes Unidos, onde a sua
carga será descarregada. O trânsito e as operações relacionadas, provavelmente,
levarão duas semanas, sendo que o ETA exacto ainda não está confirmado.
Segundo a
MSC, “Infelizmente, devemos supor, com base no que temos conhecimento, até
hoje, que a maioria dos contentores localizados por vante do casario estão
danificados pelo fogo, pelo calor ou pela água usada para combater o incêndio”.
A extensão total dos danos ao navio e à sua carga será estabelecida, apenas,
quando os contentores forem descarregados no porto de refúgio e inspeccionados.
Já se
passaram mais de duas semanas desde que o incêndio começou, e o navio da linha
dinamarquesa ainda tem fogo activo a bordo. Ainda vai demorar algum tempo até
que o navio construído em 2017 possa ser atracado. As autoridades portuárias
vão querer garantir que todos os incêndios a bordo estejam extintos e determinar
as condições específicas que permitirão ao Honam atracar, ou seja, um processo
que ainda se pode arrastar. Numa situação como esta, ter um seguro de carga não
apenas facilita financeiramente os processos de pós-embarque, mas agiliza
logisticamente, a entrega.
Também, segundo a
iContainers, “para os clientes que possuem seguro, a apresentação do pedido através
dele ajudará a acelerar o processo de libertação da carga. Além disso, as
reclamações são, geralmente, processadas mais rapidamente através das
companhias de seguros. Sem seguro, o carregador fica preso à responsabilidade
da transportadora, que está vertida no verso do Conhecimento de Embarque: US $
500 por unidade. Sem seguro de carga, a sua carga, provavelmente, será mantida
como refém para o pagamento de encargos da avaria comum. Dito de forma simples,
sem seguro, você não ganha nada ou quase nada, no máximo”.Fonte
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