As
autoridades italianas acusaram a organização de caridade espanhola Proactiva
Open Arms de ajudar a imigração ilegal depois que um dos seus barcos se recusou
a levar os migrantes resgatados do Mediterrâneo de volta para a Líbia, transportando-os
para o sul da Itália.
O navio de
resgate da Proactiva foi arrestado por ordem judicial na segunda-feira no porto
siciliano de Pozzallo, onde chegou no sábado transportando cerca de 200
migrantes que haviam retirado de botes pneumáticos perigosos nas águas
internacionais da Líbia.
De acordo com
a guarda costeira italiana, as autoridades líbias são responsáveis por
patrulhar a área e recolher as pessoas resgatadas lá, no âmbito de um acordo de
migração entre a Itália e a Líbia, destinado a reduzir o número de passagens do
norte da África até ao sul da Europa.
Tendo ajudado
duas embarcações em dificuldade na quinta-feira e levado 218 pessoas a bordo do
seu navio, a Proactiva desobedeceu às ordens da guarda costeira da Líbia para
que lhe entregassem os migrantes. De acordo com o grupo de ajuda, os guardas líbios
ameaçaram matar a tripulação se não entregassem os resgatados, que incluíam
mulheres e crianças.
Em vez disso,
o navio espanhol navegou para a Sicília, o que os promotores italianos dizem
ser parte de um plano deliberado para levar os migrantes para a Itália. Eles
acusam o capitão do navio, um dos seus coordenadores e fundador da Proactiva,
Oscar Camps, de "associação criminosa e encorajamento à imigração
ilegal", afirmou Camps no Twitter, acrescentando que ainda não foram deduzidas
as acusações e que o arresto do navio foi uma medida preventiva.
O grupo argumenta que não
sabia que a zona em questão estava sob a autoridade da guarda costeira líbia,
pelo que nada fez nada de errado. No entanto, a guarda costeira italiana
afirmou que as normas internacionais, normalmente, exigem que os navios esperem
que o seu país de origem providencie o local para onde os migrantes resgatados
no mar devem ser levados. O Open Arms navegou para a Itália, enquanto ainda
aguardava instruções do governo espanhol e de estar mais perto de Malta na altura,
disse a guarda costeira.Fonte
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