O grupo de conservação marinha Sea Shepherd Global alegou
que ainda estão a chegar a Hong Kong grandes remessas de barbatanas de tubarão,
tanto por via aérea como através de embarques em navios, apesar dos
compromissos de proibição de transporte, traduzidos no movimento internacional “No Shark Fin”.
Um consórcio de grandes companhias marítimas, companhias
aéreas e ONGs reuniu com altos membros do Departamento de Alfândegas e Impostos
de Hong Kong e do Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação de Hong Kong
(AFCD), na sexta-feira, para os informar dos resultados das investigações da
Sea Shepherd Global. Um dos pontos da agenda versava, exactamente, como evitar
que produtos de espécies ameaçadas de extinção, identificadas na CITES,
pudessem ser embarcados sem conhecimento.
Desde 2010, que grupos internacionais de conservação da vida
selvagem se têm vindo a concentrar na cadeia de fornecimento de barbatanas de
tubarão, pressionando tanto as companhias aéreas como as companhias marítimas,
para proibir o transporte de barbatanas de tubarão e produtos afins. No
entanto, a inclusão de barbatanas retiradas de espécies de tubarões provenientes
de pesca ilegal misturadas com as de espécies autorizadas é, ainda, muito
frequente.
A Maersk a primeira empresa a liderar o movimento a favor da
proibição mundial de transporte de barbatanas de tubarão em 2010, com 16 das
principais companhias de transporte marítimo de contentores a seguirem o seu
exemplo, de imediato.
Cerca de 92% das barbatanas de tubarão que entram em Hong
Kong chegam via frete marítimo, enquanto os restantes 8% chegam via carga
aérea.
Como acontece com a maioria das questões ambientais, o
primeiro desafio é mudar as regras, mas o segundo, muito mais difícil de
concretizar, é a aplicação dessas regras.Artigo original
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