Com a inesperada eleição de Donald Trump para presidente dos
EUA, o que é que isso poderá significar para a indústria de transporte marítimo?
Tendo assumido uma campanha marcadamente nacionalista,
criticando os estrangeiros que tomam os empregos americanos e os acordos
internacionais de livre comércio, convenceu as regiões industriais da América,
onde muitos trabalhadores perderam os seus empregos e meios de subsistência
para a concorrência estrangeira.
Esta abordagem insular, destinada a camuflar o aumento de
impostos sobre as importações de bens produzidos no estrangeiro para provocar
um renascimento industrial caseiro, é a antípoda completa do sistema económico
globalizado de hoje. Na realidade, ele está a atacar o próprio alicerce que tem
impulsionado o crescimento das indústrias portuária e marítima nas últimas duas
décadas.
Poderá esta política nacionalista encarnada pelo Sr. Trump, embora,
certamente, não exclusiva dele, iniciar um novo desafio para os portos e
navegação? O actual crescimento muito lento por parte da procura, baixas taxas de
frete e excesso de capacidade pode se tornar o novo standard, se outros países
virarem as costas ao comércio internacional isento de direitos aduaneiros.
O Reino Unido já poderá ter sofrido o mesmo destino quando
votou pela saída da União Europeia. Embora as negociações sobre o Brexit ainda
não tenham tido início, a manutenção da adesão do país ao mercado único da UE
parece seriamente comprometida.
Outros países virão a seguir o exemplo? Será que maior
produção doméstica substituirá o sistema de comércio globalizado que conhecemos
hoje? O tempo o dirá, mas certamente parece um mau presságio para a indústria.Ler artigo completo
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