A Naturschutzbund Deutschland (NABU) publicou um relatório muito
crítico que analisa o impacto dos navios de cruzeiro na saúde pública e no meio
ambiente, lançando um vigoroso ataque contra a indústria e a organização que a
regula.
A NABU (uma ONG alemã) afirma que os navios de cruzeiro
europeus estão produzindo 3.500 mais dióxido de enxofre do que os veículos
terrestres, contribuindo para uma série de problemas, incluindo as alterações
climáticas, poluição do ar e problemas pulmonares.
"O sector de transporte marítimo está muito aquém do
que está a acontecer em terra (em termos de regulamentação de emissões) ",
disse Daniel Rieger, investigador da NABU. "A poluição do ar provocada pelos
navios está a prejudicar o clima global e a saúde humana."
Rieger afirma que a Organização Marítima Internacional
(OMI), que regula o transporte marítimo, poderia fazer mais para combater a
poluição causada pela indústria de cruzeiros.
Na maioria dos países, diz ele, as emissões de enxofre
máximas permitidas para veículos terrestres é limitada a 10 partes por milhão
(0,001%); No entanto, graças à OMI, a indústria de cruzeiros tem um limite mais
tolerante de 3,5%, o que permite aos operadores utilizarem fuelóleo
"barato e sujo". Esta, no entanto, é uma “falsa verdade”. Na
realidade, no mês passado, a OMI anunciou nova regulamentação que obrigará à
redução das emissões de enxofre para os 0,5%, embora só entre em vigor em 2020.
A NABU, no seu relatório, também se apresenta muito
crítica em relação às inovações técnicas de depuração dos gases de escape,
atribuindo-lhes baixa eficácia. Decorrente disto, a ONG classificou os navios
de cruzeiro europeus, de 0 a 4, atendendo às medidas que cada armador tinha
tomado na salvaguarda do ambiente e saúde pública, com cada um dos seus navios.Artigo completo
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