19 de novembro de 2016

Relatório independente afirma que a indústria de cruzeiros “falha redondamente” no que respeita ao ambiente e saúde pública

A Naturschutzbund Deutschland (NABU) publicou um relatório muito crítico que analisa o impacto dos navios de cruzeiro na saúde pública e no meio ambiente, lançando um vigoroso ataque contra a indústria e a organização que a regula.
A NABU (uma ONG alemã) afirma que os navios de cruzeiro europeus estão produzindo 3.500 mais dióxido de enxofre do que os veículos terrestres, contribuindo para uma série de problemas, incluindo as alterações climáticas, poluição do ar e problemas pulmonares.
"O sector de transporte marítimo está muito aquém do que está a acontecer em terra (em termos de regulamentação de emissões) ", disse Daniel Rieger, investigador da NABU. "A poluição do ar provocada pelos navios está a prejudicar o clima global e a saúde humana."
Rieger afirma que a Organização Marítima Internacional (OMI), que regula o transporte marítimo, poderia fazer mais para combater a poluição causada pela indústria de cruzeiros.
Na maioria dos países, diz ele, as emissões de enxofre máximas permitidas para veículos terrestres é limitada a 10 partes por milhão (0,001%); No entanto, graças à OMI, a indústria de cruzeiros tem um limite mais tolerante de 3,5%, o que permite aos operadores utilizarem fuelóleo "barato e sujo". Esta, no entanto, é uma “falsa verdade”. Na realidade, no mês passado, a OMI anunciou nova regulamentação que obrigará à redução das emissões de enxofre para os 0,5%, embora só entre em vigor em 2020.
A NABU, no seu relatório, também se apresenta muito crítica em relação às inovações técnicas de depuração dos gases de escape, atribuindo-lhes baixa eficácia. Decorrente disto, a ONG classificou os navios de cruzeiro europeus, de 0 a 4, atendendo às medidas que cada armador tinha tomado na salvaguarda do ambiente e saúde pública, com cada um dos seus navios.
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