O tráfego de contentores da Ásia para a África Ocidental
caiu 19% no terceiro trimestre, não se esperando melhor resultado para o último
trimestre do ano.
O último Outlook do FMI (para a economia mundial), publicado
no mês passado, descreveu o crescimento "a várias velocidades" para
as economias da África subsaariana, com a divisão entre os ricos e os não
dependentes da exposição das diferentes nações às matérias-primas. As maiores
economias da África Ocidental, Nigéria e Angola, tentam ajustar-se às menores
receitas do petróleo, com a expectativa de que o primeiro prevê uma contracção
do PIB em 1,7% neste ano e o segundo com crescimento a zeros.
A perspectiva não é muito melhor para 2017, com a
economia da Nigéria prevista crescer apenas 0,6%, enquanto a produção de Angola
deverá aumentar cerca de 1,5%. Em contraste, as economias menores, não
exportadoras de recursos da região, como a Costa do Marfim e o Senegal, estão
(e continuarão) a ter um crescimento do PIB superior a 5%. Estas economias
estão a beneficiar com os preços baixos do petróleo e a desfrutar de um consumo
privado saudável e a verificar taxas de crescimento no investimento, disse o
FMI.
Os fluxos de carga contentorizada para a região estão a
reflectir o facto do abrandamento económico ter atingido as maiores economias.
Após os primeiros nove meses de 2016, os embarques do sul da Ásia para a África
Ocidental caíram 11%, de acordo com dados fornecidos pela Container Trades
Statistics Ltd. Tradicionalmente, no que costuma ser um dos períodos mais
fortes do ano, o terceiro trimestre viu os volumes caírem 19% em relação ao ano
anterior, a maior queda desde 2012 e o sétimo trimestre consecutivo com uma
comparação negativa.Artigo completo
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