As taxas de frete de navios Aframax (80.000 tpl) para o
Mediterrâneo tiveram um pico desde a última sexta-feira, quase duplicando de
w80 para w140 em apenas um dia. As taxas permaneceram firmes nos W140, devido a
uma combinação de factores:
1- Enorme excesso de crude no Mediterrâneo
A expansão da produção na região tem impulsionado as
exportações, dando apoio ao mercado de petroleiros à medida que mais barris
procuram por terminais. Os principais exportadores da região estão produzindo
mais petróleo do que nunca, com a produção russa, em Outubro, a estabelecer um
novo recorde pós-soviético em 11,2 mbd e a Líbia retornando ao mercado. A entrada
em operação do enorme campo petrolífero de Kashagan no Cazaquistão levou a um
aumento das exportações de CPC Blend, de 600 kbd para 1 mbd em Outubro. Com as
exportações dos campos petrolíferos de Kashagan e Filanovsky aumentando, sabendo-se
que o maior porto da Líbia (Es Sider), deverá retomar as exportações dentro de
dias, o mercado de crude deverá, provavelmente, permanecer muito
sobrecarregado.
2- Aumento do Armazenamento Flutuante
À medida que os volumes excedentes preenchem os locais de
armazenagem em terra, as empresas petrolíferas optaram por armazenagem
flutuante. Existem, já, 20 navios Aframax armazenando petróleo bruto na região,
perfazendo os 12 milhões de barris no mar. Isso reduziu a lista de tonelagem
disponível. O contango acentuado nos preços do Brent pode incentivar, ainda
mais, os fretadores a reservarem mais navios para armazenamento flutuante,
apesar do aumento nas taxas de frete.
3- Mau tempo
As recentes tempestades no Mar Negro causaram atrasos de
até 4-5 dias aos navios, aumentando, ainda mais, as taxas de frete.Artigo completo
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