18 de novembro de 2016

O que está a causar tanta pressão em alta nas taxas de Aframax para o Mediterrâneo?

As taxas de frete de navios Aframax (80.000 tpl) para o Mediterrâneo tiveram um pico desde a última sexta-feira, quase duplicando de w80 para w140 em apenas um dia. As taxas permaneceram firmes nos W140, devido a uma combinação de factores:
1- Enorme excesso de crude no Mediterrâneo
A expansão da produção na região tem impulsionado as exportações, dando apoio ao mercado de petroleiros à medida que mais barris procuram por terminais. Os principais exportadores da região estão produzindo mais petróleo do que nunca, com a produção russa, em Outubro, a estabelecer um novo recorde pós-soviético em 11,2 mbd e a Líbia retornando ao mercado. A entrada em operação do enorme campo petrolífero de Kashagan no Cazaquistão levou a um aumento das exportações de CPC Blend, de 600 kbd para 1 mbd em Outubro. Com as exportações dos campos petrolíferos de Kashagan e Filanovsky aumentando, sabendo-se que o maior porto da Líbia (Es Sider), deverá retomar as exportações dentro de dias, o mercado de crude deverá, provavelmente, permanecer muito sobrecarregado.
2- Aumento do Armazenamento Flutuante
À medida que os volumes excedentes preenchem os locais de armazenagem em terra, as empresas petrolíferas optaram por armazenagem flutuante. Existem, já, 20 navios Aframax armazenando petróleo bruto na região, perfazendo os 12 milhões de barris no mar. Isso reduziu a lista de tonelagem disponível. O contango acentuado nos preços do Brent pode incentivar, ainda mais, os fretadores a reservarem mais navios para armazenamento flutuante, apesar do aumento nas taxas de frete.
3- Mau tempo
As recentes tempestades no Mar Negro causaram atrasos de até 4-5 dias aos navios, aumentando, ainda mais, as taxas de frete.
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