O recente declínio das taxas de frete, conjugada com a nova regulamentação
da OMI sobre água de lastro, deverá levar a uma tendência de aceleração de novas
demolições de navios-tanque nos próximos anos, de acordo com a consultora Drewry.
Mas como a frota é relativamente jovem, o desmantelamento só
deve aumentar nos próximos dois anos se, e quando, os proprietários pressentirem
persistência de fretes em baixa.
A nova regulamentação da Organização Marítima Internacional
(OMI) sobre a Gestão da Água de Lastro exigirá que todos os navios, que entrem
em águas profundas, possuam, até Setembro de 2017, Sistemas de Tratamento de
Água de Lastro (BWTS). Os navios existentes terão um período de carência para
realizar essa adequação, até à sua reclassificação quinquenal. É expectável que
alguns proprietários peçam adiamento para as reclassificações se estas caírem perto
do prazo previsto, a fim de atrasar a adaptação BWTS. Mas os proprietários de
navios para os quais a reclassificação caia para lá meio do ano de 2018,
provavelmente, terão de lhes adaptar um BWTS ou mandá-los para a sucata. Mas o
custo adicional de reequipar o navio com BWTS somado ao custo da
reclassificação especial, forçará muitos proprietários a desmantelar navios
mais jovens, mesmo antes da data devida.
A Drewry estima que cerca de 74 petroleiros de
petróleo bruto (14 milhões de tpl) e 114 petroleiros de produtos (5,6 milhões
de tpl) com 10 anos (ou mais) terão nova reclassificação especial entre meados
de 2018 e 2021, pelo que se tornam as potenciais vítimas do novo regulamento. Neste
caso, serão os navios “menos novos” a seguir para o ferro velho, um pouco mais
cedo.Artigo completo
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