No fim-de-semana, Dimitrios Velanis, consultor especial do
governo grego para as relações com a Rússia, disse à mídia estatal russa que a
Grécia não interferirá com os petroleiros russos que estão a abastecer as
forças no conflito sírio.
Um relatório da Reuters na semana passada tinha revelado que
petroleiros de bandeira russa têm vindo a transportar combustível de avião para
a Síria em contravenção às sanções da UE e que esses navios paravam nos portos
gregos e cipriotas para abastecimento durante essas viagens. Para além destas escalas
portuárias, os navios utilizam as principais rotas comerciais do Mar Negro para
o Mediterrâneo, pelo que transitam os mares territoriais gregos no mar Egeu
(passagem inocente).
Uma porta-voz dos assuntos externos da UE disse à Reuters
que a implementação das restrições da UE obriga os Estados membros, como a
Grécia e Chipre. "Acreditamos que as autoridades competentes estão a
cumprir a sua obrigação de assegurar o respeito pelas medidas restritivas
existentes e de persuadir qualquer tentativa de evasão", acrescentou.
No entanto, Velanis disse à agência noticiosa RIA Novosti
que a Grécia vê a situação na perspectiva russa. "As sanções postas em
prática pela UE e pela NATO não afectam a Rússia, uma vez que não é membro
destas organizações", afirmou. "Nós entendemos que a intervenção da
Rússia na Síria, com as suas forças armadas, nomeadamente da marinha, precisa
naturalmente de as manter abastecidas. Os aviões não voam sem combustível.”
Este consultor do governo grego é um defensor do
alargamento da cooperação com Moscovo, argumentando que as contribuições russas
podem ser importantes para a tentativa de reavivar a economia grega.Artigo completo
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