A frota offshore
que assiste a indústria petrolífera da Noruega, atravessa a pior recessão de toda
uma geração. Quase um em cada quatro navios offshore
(cerca de 140 unidades) e metade das plataformas (cerca de 20 unidades) estão,
actualmente, sem trabalho. E irá piorar no próximo ano, com mais três ou quatro
plataformas desocupadas até ao final de 2017, sem recuperação à vista.
"É uma situação altamente exigente, mas vai
piorar", disse o CEO da Associação Norueguesa de Armadores, acrescentado
que “o pior ainda irá suceder nos próximos dois a três anos ou, ainda, talvez
mais."
Mais de dois anos após o colapso dos preços do petróleo, as
companhias petrolíferas de todo o mundo cortaram os gastos em biliões de
dólares, quase reduzindo a zeros a procura por serviços de unidades perfuração,
sísmicos e de abastecimento. A Noruega, maior produtora de petróleo e gás da
Europa Ocidental, para além de sede de uma das maiores frotas offshore
do mundo, foi atingida pela recessão. A indústria cortou mais de 40.000 postos
de trabalho desde 2014 e o governo recorreu, pela primeira vez, ao seu enorme
fundo de reserva para cobrir as necessidades de orçamentação.
Muitos dos contratos assinados antes da crise estão, agora,
a chegar ao seu término, o que significa que se perderá a linha de salvação constituída
por esse fluxo de caixa crucial para as empresas que, na melhor das hipóteses,
poderão negociar taxas próximas dos custos operacionais, se não inferiores.
Assiste-se a um corrupio de fusões e aquisições entre
antigos e “ferozes” concorrentes, inimaginável há alguns anos atrás, apostando-se
numa hipotética recuperação dos mercados de petróleo e de serviços relativos
nos próximos anos.
A Associação Norueguesa de Armadores, que representa
muitos proprietários de navios de transporte, também está preocupada com a
vitória de Donald Trump na eleição dos EUA, porque a implementação de algumas
das promessas de campanha do candidato traria graves consequências para a saúde
da economia mundial, em especial do transporte marítimo contentorizado.Ler artigo completo
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