17 de novembro de 2016

O pior ainda está para chegar à indústria offshore Norueguesa, com cada vez mais plataformas paradas

A frota offshore que assiste a indústria petrolífera da Noruega, atravessa a pior recessão de toda uma geração. Quase um em cada quatro navios offshore (cerca de 140 unidades) e metade das plataformas (cerca de 20 unidades) estão, actualmente, sem trabalho. E irá piorar no próximo ano, com mais três ou quatro plataformas desocupadas até ao final de 2017, sem recuperação à vista.
"É uma situação altamente exigente, mas vai piorar", disse o CEO da Associação Norueguesa de Armadores, acrescentado que “o pior ainda irá suceder nos próximos dois a três anos ou, ainda, talvez mais."
Mais de dois anos após o colapso dos preços do petróleo, as companhias petrolíferas de todo o mundo cortaram os gastos em biliões de dólares, quase reduzindo a zeros a procura por serviços de unidades perfuração, sísmicos e de abastecimento. A Noruega, maior produtora de petróleo e gás da Europa Ocidental, para além de sede de uma das maiores frotas offshore do mundo, foi atingida pela recessão. A indústria cortou mais de 40.000 postos de trabalho desde 2014 e o governo recorreu, pela primeira vez, ao seu enorme fundo de reserva para cobrir as necessidades de orçamentação.
Muitos dos contratos assinados antes da crise estão, agora, a chegar ao seu término, o que significa que se perderá a linha de salvação constituída por esse fluxo de caixa crucial para as empresas que, na melhor das hipóteses, poderão negociar taxas próximas dos custos operacionais, se não inferiores.
Assiste-se a um corrupio de fusões e aquisições entre antigos e “ferozes” concorrentes, inimaginável há alguns anos atrás, apostando-se numa hipotética recuperação dos mercados de petróleo e de serviços relativos nos próximos anos.
A Associação Norueguesa de Armadores, que representa muitos proprietários de navios de transporte, também está preocupada com a vitória de Donald Trump na eleição dos EUA, porque a implementação de algumas das promessas de campanha do candidato traria graves consequências para a saúde da economia mundial, em especial do transporte marítimo contentorizado.
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