17 de novembro de 2016

O abate de navios Panamax deve continuar

Mais de 100 navios porta-contentores da antiga classe Panamax (com 13 filas de contentores em largura / 32,30 m de boca) precisariam ser abatidos nos próximos meses para reequilibrar a relação oferta/procura no mercado de transporte global, reduzindo a existência total para valores inferiores às 470 unidades (670 há 4 anos), de acordo com a consultora Alphaliner.
Apenas uma redução tão drástica poderia fazer elevar as taxas de frete dos seus atuais mínimos históricos de 4.200/4.500 USD/dia, podendo, também, trazer benefícios positivos à classe de navios imediatamente inferior, de 2.700/3.800 TEU’s.
Estas decisões difíceis devem ser adoptadas, para já, com navios de dez anos de idade, quando necessitam da “Classification Special Survey”. Uma vez que muitos proprietários têm tido dificuldade, de fundo de maneio, para a reclassificação, tais navios têm vindo a ser colocados em lay-up ou vendidos para sucata, ou não, a preços irrisórios.
Segundo a Alphaliner, deverão ser removidos de 30 a 40 navios Panamax do mercado nos próximos meses, estimando que a redundância nesta classe se cifra nas 150 a 160 unidades.
Os proprietários não operacionais (NOO – proprietários que não operam, apenas fretam) são os principais responsáveis ​​por estes abates, uma vez que as empresas operadoras estão a optar pela reentrega de navios afretados, a um ritmo sem precedentes. Em resultado disto, as empresas NOO possuem a maior parte do inventário de navios de 4.000/5.300 TEU sem ocupação. Apesar dos 50 abates para sucata deste ano, o número de navios não utilizados desta classe atinge, hoje, as 96 unidades, 30 das quais ancoradas em locais de lay-up de longo prazo, na Ásia.
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