O tempo urge para salvar o navio em chamas e à deriva com uma carga de 4.000 automóveis do grupo Volkswagen.
A Mitsui OSK Lines disse que os serviços de salvamento estão prontos para chegar hoje ao seu navio – que se encontra perigosamente à deriva no Atlântico, sem tripulação.
O Felicity Ace de 6.400 ceus (construído em 2005) está ao sul dos Açores com cerca de 4.000 veículos a bordo.
Cerca de 1.100 Porsches e 189 Bentleys estavam a bordo, disseram porta-vozes das marcas de automóveis à Reuters. A Audi, outra marca da Volkswagen, confirmou que alguns dos seus veículos também estavam no navio, mas não informou quantos.
A tripulação foi forçada a abandonar o navio e agora estão todos em segurança em terra.
Uma equipa inicial de salvamento chegará ao navio a 18 de fevereiro com serviços adicionais de salvamento e combate a incêndio. A corrida começa agora para salvar o navio, parte da carga e apagar o fogo.
As baterias de iões de lítio dos carros elétricos a bordo pegaram fogo e o incêndio requer equipamento especializado para extinguir, disse o Capitão do Porto da Horta João Mendes Cabeças.
Não ficou claro se as baterias provocaram o incêndio. "O navio está a arder de uma ponta à outra... tudo está em chamas, cerca de cinco metros acima da linha d'água", disse Cabeças à Reuters.
O navio com bandeira do Panamá viajava de Emden, na Alemanha – onde a Volkswagen tem uma fábrica – para Davisville, nos Estados Unidos, com base em dados do site Maritime Traffic.
Através do Centro de Coordenação de Resgate Marítimo de Ponta Delgada, um navio de guerra da Marinha Portuguesa (o NRP Setúbal) tem estado de prontidão para monitorizar a deriva do Felicity Ace.
Em comunicado a MOL disse: “A MOL deseja agradecer à Marinha Portuguesa, às autoridades locais dos Açores e aos navios que apoiaram a operação de resgate dos tripulantes nas melhores tradições da marinha mercante”.
As seguradoras de casco, carga e proteção e indenização devem enfrentar uma enorme reclamação do incidente. O casco tem um valor de cerca de US$ 30 milhões e a carga de carros de luxo de alto valor pode valer mais de US$ 100 milhões, enquanto os custos de salvamento também farão parte da conta final.
Grande parte da conta pode cair nas seguradoras de P&I se o incêndio for determinado como responsabilidade do armador. A cobertura de P&I dos navios está colocada no Britannia P&I, mas os custos de sinistros superiores a US$ 10 milhões serão cobertos pelo Grupo Internacional de Clubes de P&I – como é o procedimento normal.
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