21 de fevereiro de 2022

Felicity Ace ainda em chamas no mar dos Açores

O Felicity Ace continua a arder na costa das ilhas dos Açores, em Portugal, com milhares de carros a bordo. O navio à deriva permanece estável e nenhuma poluição foi relatada.

O navio com bandeira do Panamá pegou fogo na semana passada enquanto navegava de Emden, na Alemanha, para Rhode Island, nos EUA. Agora está à deriva, com a MOL a informar que todos os tripulantes foram evacuados em segurança.

Embora, ainda, não esteja claro que foram as baterias de ião-lítio que estão na origem do incêndio, elas inflamaram-se e o incêndio precisa de equipamentos especializados para o combater, de acordo com o Capitão do porto local falando à Reuters, observando que “as baterias estão a manter o fogo ativo”.

Além disso, de acordo com o escritório de advocacia Watson Farley & Williams, apesar de não estar claro se os veículos elétricos são mais propensos do que o veículo ICE (Internal Combustion Engine) a pegar fogo, as consequências são, potencialmente, mais desastrosas e mais difíceis de lidar.

A empresa também acrescentou que, se as tripulações não estiverem conscientes de que combater um incêndio de EV (Electric Vehicle) requer uma técnica diferente da utilizada no combate a um incêndio convencional a bordo, é fácil perceber como um qualquer incidente pode levar a uma perda total.

As evidências indicam que os atuais sistemas de supressão e encharcamento não serão suficientes para esse novo risco. Precisarão de ser concebidos e incorporados ao projeto do navio novos sistemas.

A MOL também organizou equipas adicionais de salvamento e combate a incêndios para apoiar o navio. Especificamente, um grande rebocador com equipamento de combate a incêndios chegou de Gibraltar, enquanto um segundo rebocador, também de Gibraltar, deverá apoiar a operação.

Finalmente, uma embarcação de salvamento com equipamento de combate a incêndios, partido de Roterdão, chegará a 23 ou 24 de fevereiro.

A carga a bordo do navio em chamas tem um valor estimado de US$ 401 milhões, de acordo com analistas de risco do Russell Group.

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