11 de julho de 2021

As várias zonas do oceano

Muitos organismos do oceano aberto vivem sem nunca entrar em contacto com a costa, o fundo do mar ou a superfície da água. Passam toda a sua vida rodeados de água por todos os lados e nada mais conhecem. No caso do oceano profundo, os organismos nem mesmo vêem a luz do sol. Como mamíferos terrestres que respiram ar, andam sobre a terra e dependem do sentido da visão para quase todas as funções, é difícil às pessoas (mesmo aos especialistas) compreender que a maioria dos organismos do planeta nunca está exposta ao ar, à terra ou, até, à luz solar.

O oceano cobre mais de 70% da superfície total da Terra e contém cerca de 97% de toda a sua água. Medindo cerca de 361,9 milhões de km2, é um maciço corpo contínuo de água salgada, tão grande que os oceanógrafos estimam que menos de 20% foi, até agora, explorado. Embora haja um oceano global, na generalidade é dividido em cinco grandes bacias: Pacífico, Atlântico, Índico, Sul e Ártico.

 

O oceano foi dividido em várias zonas com base na profundidade da superfície para facilitar os estudos oceanográficos.

Este oceano, aberto e profundo, é um lugar enorme. Na verdade, mais de 99% do espaço habitável da Terra está em oceano aberto. Com uma profundidade média de 3.700 metros, os especialistas dividiram-no em várias zonas com base na profundidade, a partir da superfície, para facilitar os estudos oceanográficos:

1. A Zona Epipelágica (ou Zona de Luz Solar), é a parte do oceano onde há luz solar suficiente para que as algas processem a fotossíntese. De um modo geral, vai da superfície do mar até, aproximadamente, os 200 m (ou 650 pés) de profundidade. A zona epipelágica é o lar de todos os tipos de animais icónicos, como baleias e golfinhos, peixe-agulha, atuns, águas-vivas, tubarões e muitos outros. As algas que vivem na zona epipelágica são responsáveis ​​por grande parte da produção original de alimentos para todo o oceano e criam pelo menos 50% do oxigénio na atmosfera (ambos por meio da fotossíntese). Organismos que vivem na zona epipelágica podem entrar em contato com a superfície do mar.

2. A Zona Mesopelágica (ou Zona de Crepúsculo) estende-se desde a epipelágica até o ponto onde a luz solar não consegue penetrar. De um modo geral, a extremidade profunda da zona mesopelágica tem, aproximadamente, 1.000 m (3.300 pés) de profundidade. A zona crepuscular é muito maior do que a epipelágica e é o habitat dos mais numerosos vertebrados da Terra (pequenos peixes lanterna). Muitas das espécies de peixes e invertebrados, que aqui vivem, migram para as profundezas epipelágicas mais rasas para se alimentar, mas apenas durante a noite.

3. A próxima zona mais profunda é chamada Zona Batipelágica (ou Zona de Escuridão). Esta zona começa na parte inferior do mesopelágico e estende-se até aos 4.000 m (13.000 pés). A batipelágica é muito maior que a mesopelágica e 15 vezes maior que a epipelágica. É o maior ecossistema da Terra. O limite superior desta zona é definido por uma completa falta de luz solar. Os organismos batipelágicos vivem na escuridão total, 24 horas por dia. A escuridão pode ser interrompida, no entanto, por alguma luz causada pelos próprios organismos. Essa bioluminescência pode ser usada para atrair presas ou para encontrar um parceiro. Algumas espécies perderam a capacidade de ver seja o que for.

4. Ainda mais fundo, está a Zona Abissopelágica (ou Zona Abissal), que se estende do limite inferior da batipelágica até o fundo do mar. Esta zona é caracterizada por uma relativa falta de vida. É realmente o abismo.

5. A Zona Hadopelágica (ou zona hadal) é uma zona especial, apenas existente em certos locais do mundo, caracterizada por valas e desfiladeiros em águas muito profundas. Um exemplo dessa maravilha é a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, que marca o local mais profundo da Terra com 11.034 metros, uma profundidade tal, que o Monte Everest ficaria completamente submerso se colocado no fundo. A pressão é tão intensa que equivale ao peso aproximado de 48 aviões Jumbo 747. Mesmo assim, existe vida nesta zona. A Abissobrotula galatheae – uma espécie de enguia – foi descoberta a 8.372 metros na fossa de Porto Rico, em 1970.

Agora, de forma reduzida:

1. Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra, e metade dessas águas têm, pelo menos, 1,86 milhas (3 km) de profundidade.

2. Até onde sabemos, o oceano tem 11.000 m (quase 7 milhas) de profundidade no seu ponto mais profundo. Em média, o oceano tem cerca de 12.100 pés (3.688 m) de profundidade.

3. Os animais que vivem na zona batipelágica, ou mais profundo, nunca veem a luz do sol. Alguns dos organismos que lá vivem, como a lula-vampiro e o tamboril-jubarte, produzem a sua própria luz.

4. Mais de 99% do espaço habitável da Terra está em oceano aberto.

5. O oceano é dividido em cinco zonas: a zona epipelágica (da superfície até 200 metros de profundidade); a zona mesopelágica (dos 200 aos 1.000 metros de profundidade); a zona batipelágica (dos 1.000 aos 4.000 metros); a zona abissopelágica (dos 4.000 aos 6.000 metros); e a zona hadopelágica (acima dos 6.000 metros).

6. O oceano produz mais de 50% do ar que respiramos.

7. Os humanos exploraram, até hoje, apenas 5% dos oceanos do mundo. Em contrapartida, acredita-se que os humanos já provocaram impacto negativo (por resíduos e poluição química) em quase todas as partes do oceano – foi descoberto lixo plástico na Fossa das Marianas.

3 comentários: