8 de novembro de 2016

Proprietários de carga nervosos após o colapso da Hanjin

Os carregadores e proprietários de carga estão a tornar-se mais avisados com os riscos e estão a procurar alterar as suas necessidades de transporte para linhas consideradas, financeiramente, mais estáveis, após o colapso da sul-coreana Hanjin Shipping, segundo opinião de responsáveis de armadores de linha.
Robbert van Trooijen, executivo-chefe da AP Moeller-Maersk para a Ásia-Pacífico, disse que a empresa estava a assistir à "procura de refúgio" por parte dos carregadores, após o colapso da Hanjin, que deixou 14.000 milhões de dólares de carga presas no mar.
"Assistimos que o conhecimento da viabilidade do fornecedor do serviço é o elemento mais importante na decisão de contratação... Muitos clientes estão a procurar as linhas marítimas de transporte mais estáveis para contratar a sua carga", disse.
A Hanjin tornou-se a maior vítima da pior crise económica da indústria de transporte marítimo, que começou após a crise financeira global de 2008, como um excesso de capacidade de navios e a desaceleração do comércio, arrastando as taxas de frete para mínimos históricos.
Os comentários da Maersk foram corroborados pela rival de Taiwan, a Evergreen Marine Corp, que também informou na semana passada que havia, recentemente, fornecido informação relevante a grandes empresas dos EUA, para lhes poder garantir a sua saúde financeira.
Para sobreviver, várias companhias marítimas têm optado por megafusões ou se associaram a rivais, as últimas das quais foram as três principais operadoras do Japão, que anunciaram, na semana passada, que iriam combinar operações para criar a sexta maior frota do mundo.
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