O grupo ambiental Sea
Shepherd informou, na sexta-feira, que os seus navios foram atacados com pedras
e parcialmente incendiados por uma flotilha de cerca de 20 barcos de pesca no
Golfo da Califórnia Mexicano, também conhecido como Mar de Cortez.
Foi o segundo ataque no
espaço de um mês no Golfo, onde a Sea Shepherd tem patrulhado o uso de redes
ilegais, procurando ajudar a salvar a toninha boto (ou vaquita), criticamente
ameaçada. As patrulhas atraíram a ira dos pescadores locais.
A vaquita encontra-se, praticamente,
extinta devido às redes de emalhar utilizadas (ilegalmente) para capturar
totoaba (principal alimento do mamífero), um peixe cuja bexiga natatória alcança
preços astronómicos, por ser considerada uma iguaria na China.
A Sea Shepherd publicou um
vídeo na sexta-feira mostrando uma flotilha de pequenos barcos de pesca que circulam
em torno do seu navio maior, o Farley Mowat, atirando pedras e cocktails molotov, tendo provocado um
incêndio no convés e partido vidros.
A Marinha do México
confirmou o ataque, que ocorreu na quinta-feira.
Há três semanas, um outro grupo
de pequenos barcos também atacou o Farley Mowat com chumbadas de pesca,
largaram uma rede na proa do navio, na tentativa de enredar os hélices, tendo,
inclusivamente, embarcado no navio e levado alguns itens.
A Sea Shepherd opera no
Golfo com o conhecimento e a cooperação do governo mexicano para ajudar a
detectar redes ilegais. Para fugir às patrulhas, muitos destes pescadores,
equiparam os seus barcos com motores extremamente potentes e afirmam que a
proibição de redes de emalhar no habitat da vaquita limita outros tipos de
pesca legítima.
Especialistas dizem que apenas 15 destes mamíferos marinhos permanecem
no Golfo, o único lugar onde existem, e que nunca se conseguiu mantê-los em
cativeiro.Fonte
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