8 de fevereiro de 2019

Autoridades brasileiras fecham terminal portuário da Vale


A autoridade municipal fechou o terminal portuário operado pela mineradora Vale SA em Vitória, no estado do Espírito Santo, Brasil. Especificamente, o Prefeito de Vitoria multou a empresa em 35 milhões de reais (US $ 9,5 milhões) pelo lançamento de resíduos de mineração no mar.
Segundo a Reuters, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, observou que “a poluição não pode mais ser justificada pela receita tributária”.
Questionada sobre o acontecimento, a Vale informou que Vitória determinou a interdição de parte do tratamento de águas residuais do porto de Tubarão, o que afecta a área de armazenamento, os serviços portuários de carvão e as instalações fabris de granulação 1, 2, 3 e 4.
A Vale diz ter acatado a ordem imediatamente e que irá analisar o seu conteúdo para adoptar, posteriormente, as medidas aplicáveis. Acrescentou, ainda, que não foram encontradas irregularidades no sistema durante as últimas inspecções efectuadas pelas autoridades ambientais da cidade, e que os relatórios de monitorização de Outubro de 2018 a Dezembro de 2018 mostram que as águas residuais estão dentro dos parâmetros estabelecidos.
Por outro, mencionou que tem vindo a monitorizar os corpos hídricos que recebem as águas residuais há mais de 30 anos, nunca se tendo encontrado alterações na qualidade da água.
Este desenvolvimento segue-se ao rompimento da barragem a montante da mina de Brumadinho, a 25 de Janeiro, que lançou um tsunami de lama tóxica que varreu a área danificando edifícios e apanhando centenas de pessoas.
A acrescer aos problemas da Vale S.A, a Drewry sustenta que o governo brasileiro não permite que a empresa mineradora compense a sua perda no Brumadinho, aumentando a produção nas suas outras minas, o que poderá vir a impactar todas as indústrias a jusante e os preços da commodity.
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