28 de fevereiro de 2019

Japão sai em favor de depuradores de ciclo aberto


Os defensores dos depuradores de circuito aberto podem contar com o apoio do Japão. Com base num estudo realizado no ano passado, pode dizer-se que o uso desta tecnologia de depuração para cumprir com o limite de enxofre de 2020 não deve ser proibido.
O Japão não se junta, assim, a recentes tomadas de posição de alguns países que optaram pela proibição de depuradores em circuito aberto, anunciou o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo (MLIT) do país.
A decisão é baseada num relatório apresentado pelo MLIT numa reunião da Organização Marítima Internacional (IMO) realizada na semana passada, na qual o Japão disse que tinha chegado à conclusão de que o descarte da água de depuradores de circuito aberto não representa uma ameaça significativa para a indústria marinha e ao meio-ambiente.
O MLIT do Japão apontou para o fato de que o descarte da água não prejudica o oceano e os organismos que nele vivem. Além disso, a queima de óleo combustível pesado e o recurso ao depurador ainda é melhor do que usar combustível de apenas 0,5% de enxofre, por si só, mostrou o estudo. Evitar a proibição também contribuiria para a estabilização da procura de óleo combustível e garantiria uma transição suave para a nova regulamentação de óxidos de enxofre, disse.
O ministério concluiu, assim, que a decisão de banir navios com depuradores de ciclo aberto nos seus portos não seria baseada em fatos científicos. Resultados semelhantes foram apresentados após um estudo de três anos publicado pela Clean Shipping Alliance 2020 (CSA 2020).
O estudo da CSA revelou que as amostras analisadas ao longo de três anos estavam consistentemente bem dentro dos critérios permitidos da OMI e dos limites regulamentares. O estudo liderado pela Carnival recolheu 281 amostras de água de depuração de gases de escape de 53 navios de cruzeiro equipados com depurador. Após a realização de testes relevantes, os resultados mostraram que as amostras estavam dentro dos critérios permitidos pela OMI e dos limites regulamentares.
Vários portos nos EUA, na Europa e na Ásia introduziram proibições à utilização dos depuradores em circuito aberto, na aproximação à data de entrada em vigor do regulamento IMO 2020. A China proibiu completamente a a descarga de água de lavagem nos seus portos.
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