A quota de mercado do Norte
da Europa para as operadoras independentes de shortsea e feeder caiu de
66% para 44% na última década, à medida que as transportadoras marítimas
realizam cada vez mais os seus próprios transbordos na região.
O analista Alphaliner
comparou os dados de todas as tonelagens implantadas nas rotas intra-Norte da
Europa entre 2009 e 2019, revelando que a capacidade total implantada diminuiu
de 164.000 TEUs para apenas 117.000 TEUs no período de 10 anos.
"Algumas operadoras
reduziram as suas operações enquanto vários players
já estabelecidos pararam as suas operações ou foram absorvidos por outras
operadoras", disse a Alphaliner.
A operadora feeder baseada
em Hamburgo, a Team Lines, é a última vítima, ao anunciar, na semana passada,
que deixaria de operar no dia 11 de Fevereiro.
A analista observou que o
desaparecimento da Team Lines junta-se à perda de várias outras linhas europeias
na última década, incluindo a Baltic Container Lines, a Intermarine, a United
Feeder Services, a Feederlink, a Tschudi Lines e a MacAndrews, que foi
consolidada sob a marca Containerships.
Na verdade, a Alphaliner
observou que a Team Lines havia “desfrutado de um suporte substancial” da
Hamburg Süd antes da sua aquisição pela Maersk Line em Dezembro de 2017. E de
acordo com outra fonte da indústria, outros clientes notáveis da Team Lines
com volumes regulares significativos nos últimos anos incluíam a UASC, OOCL e K
Line – todos eles agora consolidados.
Os operadores feeder do norte da Europa agora têm
apenas meia dúzia de clientes de navios de transporte marítimo e que, na
prática, poderão ser reduzidos sob pressão do oligopólio das linhas principais
das alianças Ocean e THE, com os parceiros da 2M Maersk e MSC a fazerem acordos
separados.
Além disso, os operadores feeder foram atingidos pela decisão das
alianças de expandir a sua cobertura com mais escalas directas. As suas rotas,
inicialmente baseadas em quatro ou cinco escalas por viagem, no norte da Europa,
foram ampliadas para incluir ligações directas noutros portos, o que, devido à
nova norma de 12 navios por loop e
mais slow-steaming, pode ser
facilmente conseguido.
E mesmo que sucedam maiores atrasos na carga, ao expandirem a sua
cobertura por mais portos, retransmitem os contentores ao próximo navio da
linha principal disponível, acabando por eliminar os dispositivos de alimentação
ad-hoc, mais lucrativos, que geravam valiosa
receita para os especialistas.Fonte
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