A Bimco, alertou para o
facto de que se as linhas de contentores fracassarem em repassar os custos com
combustível (em resultado do limite de enxofre da IMO Sulphur 2020) poderá
resultar em falências. No seu último relatório para o transporte marítimo de
contentores, a Bimco alertou para um ano difícil para os principais mercados de
contentores, pois são vários os constrangimentos que se avizinham, incluindo o
impacto da guerra comercial EUA-China e sinais de que o mercado europeu de contentores
está saturado.
“No entanto, o tema
dominante deste ano de 2019 será a compartilha dos custos mais elevados
esperados em vários itens, até o final do ano, atendendo a que a entrada em
vigor do limite de enxofre da IMO 2020 se aproxima.
Quer as linhas de contentores
optem por usar óleo combustível de baixo teor de enxofre, quer continuem a usar
HFO com filtros de gases de escape, a partir de 1 de Janeiro de 2020, elas irão
enfrentar custos significativamente maiores por unidade transportada. A
terceira maior linha de contentores, a CMA CGM, calculou esse custo adicional,
em média, de US $ 160 por TEU, em resultado da limitação do enxofre no
combustível.
Se as linhas fracassarem na
recuperação desses custos a partir dos carregadores poderá ser desastroso, segundo
a Bimco. “A menos que esses custos possam ser repassados ao consumidor final
por toda a cadeia de abastecimento, as margens de lucro na indústria de
transporte de contentores serão drasticamente reduzidas, pelo que esses custos
extras relativos a combustível podem resultar em falências definitivas no sector”.
A maioria das principais linhas de contentores tem vindo a anunciar sobretaxas,
como novos factores de ajuste de combustível (bunker adjustment factors – BAF), para recuperarem os custos de
conformidade com o limite de enxofre. No entanto, estas medidas foram mal recebidas
e têm conhecido fortes reacções de desagrado por parte de exportadores e forwarders. Sendo essas sobretaxas descritas
como “especulação flagrante”.Fonte
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