11 de fevereiro de 2019

Reino Unido volta atrás em negócio pós-Brexit


O governo britânico rescindiu o contrato, com a Seaborne Freight, para o fornecimento de ferries extra em caso de saída não negociada no Brexit, o que permitiria a Grã-Bretanha minimizar as perturbações económicas e de operação.
A decisão do governo de optar pelo contrato, assinado em Dezembro, de 14 milhões de libras (18,1 milhões de dólares) com a Seaborne Freight, apesar desta não ter navios próprios, tinha sido duramente criticada pela oposição e pela generalidade dos observadores.
Uma porta-voz do Departamento de Transportes informou, neste sábado, que o contrato fora rescindido depois que a empresa irlandesa Arklow Shipping, subsidiária da Seaborne Freight, decidiu recuar no acordo. “Ficou claro que a Seaborne não atingiria os requisitos contratuais com o governo. Portanto, decidimos rescindir o nosso contrato ”, disse ela.
A porta-voz disse, ainda, que o governo está em negociações avançadas com várias empresas para garantir capacidade adicional de frete – incluindo para o porto de Ramsgate – no caso de um Brexit sem acordo.
Em reacção ao sucedido, o Partido Trabalhista apelidou o desfecho como "desenvolvimento de constrangimento nacional".
A Grã-Bretanha havia assinado contratos, no valor de mais de 100 milhões de libras no total, com três empresas de navegação para o fornecimento de navios ferries extra – a empresa francesa Brittany Ferries e o grupo dinamarquês DFDS – além da Seaborn Freight.
Tal como está agora, com a Grã-Bretanha integrada na EU, os camiões atravessam sem problemas através dos controlos de fronteira dentro do bloco de 28 países. Depois de 29 de Março, em caso de Brexit sem acordo, até mesmo alguns minutos de atraso na alfândega por cada camião poderá significar veículos presos nos portos e filas em estradas congestionadas, em ambos os lados do Canal.
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