17 de fevereiro de 2019

Novo tratado proíbe pesca comercial no Árctico por 16 anos

Por causa da pesca não regulamentada em mar aberto durante o final do século 20, a comunidade internacional testemunhou colapsos devastadores de recursos pesqueiros.
Nos anos 1980, as frotas de pesca industrial de diversos países deslocaram-se para o largo das costas do Alasca a fim de capturar o peixe denominado escamudo em áreas do Mar de Bering, que não estão sob soberania de qualquer país. Na década de 1990, algumas espécies de escamudos enfrentavam um colapso histórico.
Para evitar a repetição desses desastres ecológicos, União Europeia e outros nove países, incluindo os EUA e a Rússia, aprovaram um acordo internacional na quinta-feira (14 de Fevereiro) que proibirá embarcações comerciais de pescar no Árctico para preservar o frágil ecossistema da região.
O acordo visa reduzir o impacto ambiental da pesca comercial não regulamentada em alto mar do Árctico, proibindo a pesca de arrasto por 16 anos.
O tratado tem uma cláusula de renovação automática a cada cinco anos e foi assinado pelo Canadá, China, Dinamarca, Islândia, Japão, República da Coreia, Noruega, Rússia e EUA, além da UE. Entrará em vigor uma vez ratificado por todas as dez partes signatárias.
Actualmente, não há pesca comercial nesta área devido a mesma se encontrar coberta por gelo. Mas como as condições meteorológicas e oceânicas estão a mudar, será possível que navios de pesca entrem nessas novas áreas no futuro, já que o Árctico está a aquecer duas vezes mais rápido que o resto do mundo e esse facto está a afectar os oceanos e as populações de peixes. Este novo acordo é uma abordagem preventiva para a gestão das pescas, segundo uma fonte da UE.
É a primeira vez que a comunidade internacional se abstém da pesca comercial numa área específica antes que se conheça mais sobre o seu ecossistema.
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