Na foto icónica, George
Mendonsa surge a dar um beijo a uma enfermeira em Times Square, no final da II
Guerra Mundial. Filho de portugueses, morreu este domingo, aos 95 anos.
Segundo as informações
fornecidas pela filha, Mendonsa caiu num centro de dia em Middletown, onde
vivia com a mulher, tendo de seguida uma paragem cardíaca.
A fotografia a preto e
branco que tornou famoso o antigo marinheiro foi tirada a 14 de agosto de 1945
por Alfred Eisenstaedt, no fim da 2ª Guerra Mundial, anunciada com a rendição
do Japão. Nesse momento, Mendonsa agarrou uma enfermeira pela cintura e beijou-a
em plena Times Square. A imagem foi publicada na revista “Life” e correu meio
mundo, tornando-se numa das fotografias mais icónicas do século XX. No entanto,
a fotografia não se livrou de algumas polémicas: com o passar dos anos foram
surgindo várias questões relacionadas com a identidade dos seus protagonistas
(Mendonsa sempre garantiu que era o marinheiro da fotografia) e até mesmo
acusações de assédio sexual.
Desde que a fotografia foi
publicada em 1980, imensos pares identificaram-se como os protagonistas da
imagem — 11 homens e três mulheres. Contudo, uma investigação de uma professora
de história, Lawrence Verrie, apontou o filho de emigrantes portugueses George
Mendonsa e a austríaca Greta Friedman, que morreu em 2016, como o casal mais
provável. A história é narrada no livro “The Kissing Sailor” (em português, “O
Beijo do Marinheiro”) publicado em 2012.
Os dois protagonistas da
história não se conheciam no momento do beijo. Greta era uma assistente de um
dentista que foi a Times Square para confirmar as notícias do fim da guerra e
Mendonsa era um marinheiro de uma família de pescadores portugueses que estava
num encontro com Rita Petrie — aquela que, mais tarde, viria a ser a sua esposa
e que surge atrás do casal na imagem. Terá sido Mendonsa que, do nada, agarrou
na enfermeira e deu-lhe um beijo, arrebatado pela alegria com a vitória dos
EUA.
George Mendonsa faria 96 anos esta terça-feira. Deixou a sua mulher e
dois filhos. “Ele estava muito orgulhoso do seu serviço, da fotografia e do que
ela representava. Durante muitos anos, foi uma parte importante da sua vida”,
referiu a filha, Sharon Molleur à NBC News.Notícia
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