23 de fevereiro de 2017

Os europeus prestes a açambarcar o petróleo brasileiro na abertura a leilão de mais blocos

As majors petrolíferas europeias têm tido um enorme apetite pelo Brasil e podem estar prontas para mais.
A norueguesa Statoil ASA, a empresa anglo-holandesa Royal Dutch Shell Plc e a francesa Total SA têm vindo a dar vários milhares de milhões de dólares, desde 2013, para terem acesso às riquezas do petróleo brasileiro. Estão, agora, na “pole-position” para dar início à oportunidade de expansão quando o Brasil, no final deste ano, leiloar mais quatro blocos na prolífica zona conhecida como pré-sal, ao longo da costa leste do país.
A região já produz cerca de 1,3 milhões de barris de petróleo por dia. Em 2023, ela irá ultrapassar os 2 milhões de barris por dia, eclipsando a Noruega e a maioria dos produtores da OPEP. Tal movimento oferece aos europeus um retorno sólido do seu investimento e, para o Brasil, talvez seja a melhor hipótese de revitalização económica após profunda recessão e de sucessivos escândalos de corrupção que abalaram a estatal Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).
A decisão de abrir a riqueza dos campos de óleo mais importantes do Brasil a estrangeiros foi estimulada pelas lutas financeiras e legais na Petrobras, após vários escândalos de corrupção. Durante o boom das commodities, a empresa perdeu biliões ao investir em refinarias não-lucrativas e a subsidiar as importações de combustíveis, resultando na perda de grande parte do seu investimento.
A região do pré-sal foi formada quando os continentes sul-americano e africano se começaram a separar, há mais de 100 milhões de anos, tendo ganho o seu nome devido à espessa camada de sal que cobre os depósitos. A produção de petróleo e gás natural começou em 2010 no depósito Lula, que se tornou a maior área produtora do Brasil, com 711 mil barris por dia.
Artigo original

Sem comentários:

Enviar um comentário