As majors
petrolíferas europeias têm tido um enorme apetite pelo Brasil e podem estar
prontas para mais.
A norueguesa Statoil ASA, a empresa anglo-holandesa Royal
Dutch Shell Plc e a francesa Total SA têm vindo a dar vários milhares de milhões
de dólares, desde 2013, para terem acesso às riquezas do petróleo brasileiro. Estão,
agora, na “pole-position” para dar
início à oportunidade de expansão quando o Brasil, no final deste ano, leiloar
mais quatro blocos na prolífica zona conhecida como pré-sal, ao longo da costa
leste do país.
A região já produz cerca de 1,3 milhões de barris de
petróleo por dia. Em 2023, ela irá ultrapassar os 2 milhões de barris por dia,
eclipsando a Noruega e a maioria dos produtores da OPEP. Tal movimento oferece
aos europeus um retorno sólido do seu investimento e, para o Brasil, talvez seja
a melhor hipótese de revitalização económica após profunda recessão e de sucessivos
escândalos de corrupção que abalaram a estatal Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).
A decisão de abrir a riqueza dos campos de óleo mais importantes
do Brasil a estrangeiros foi estimulada pelas lutas financeiras e legais na
Petrobras, após vários escândalos de corrupção. Durante o boom das commodities, a
empresa perdeu biliões ao investir em refinarias não-lucrativas e a subsidiar
as importações de combustíveis, resultando na perda de grande parte do seu investimento.
A região do pré-sal foi formada quando os continentes
sul-americano e africano se começaram a separar, há mais de 100 milhões de
anos, tendo ganho o seu nome devido à espessa camada de sal que cobre os
depósitos. A produção de petróleo e gás natural começou em 2010 no depósito
Lula, que se tornou a maior área produtora do Brasil, com 711 mil barris por
dia.Artigo original
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