10 de fevereiro de 2017

A dragagem do porto de Hamburgo ilegal?

O projecto de dragagem proposto pelas autoridades portuárias de Hamburgo – que permitiria que a nova geração de mega navios (18.000 TEU e mais) chegasse ao Porto de Hamburgo (o maior porto do país), independentemente do estado de maré – foi considerado em violação das leis judiciais.
Este projecto surgiu em resposta à concorrência directa de Roterdão, Antuérpia e Bremerhaven. No entanto, os grupos ambientalistas NABU e BUND apresentaram uma queixa formal, alegando que o projecto de dragagem teria repercussões ambientais devastadoras, uma vez que grandes quantidades de lama e areia seriam despejadas em zonas húmidas costeiras frágeis.
Na quinta-feira, 9 de Fevereiro, um tribunal administrativo na Alemanha considerou que o projecto viola, parcialmente, a lei ambiental do país. Apesar disso, o tribunal decidiu que o rio poderá continuar a ser dragado pela sétima vez, se os planos forem alterados de forma a assegurarem a segurança do ecossistema marinho.
A cidade de Hamburgo e as vias navegáveis ​​federais planeiam dragar 130 km de rio para que navios com 14,5 metros de calado possam aceder ao porto, contra os actuais 13,5m. Actualmente, os navios maiores têm de suportar longos períodos de espera para aceder ao porto. Por esse facto, havia a preocupação, por parte dos responsáveis portuários, que algumas linhas de navegação procurassem portos alternativos se o presente projecto de aprofundamento do Elba não se concretizasse.
O governo da cidade de Hamburgo disse que ficou satisfeito com a decisão do tribunal de permitir, condicionalmente, o avanço dos trabalhos, já a associação das empresas portuárias de Hamburgo (UVHH) lamentou que o tribunal não tenha indeferido, liminarmente, o processo interposto pelos ambientalistas para parar a dragagem.

Depois da decisão do tribunal administrativo alemão, as acções da HHLA, a operadora do terminal portuário de Hamburgo, caíram 11,5%.

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