O projecto de dragagem proposto pelas autoridades portuárias
de Hamburgo – que permitiria que a nova geração de mega navios (18.000 TEU e
mais) chegasse ao Porto de Hamburgo (o maior porto do país), independentemente
do estado de maré – foi considerado em violação das leis judiciais.
Este projecto surgiu em resposta à concorrência directa de
Roterdão, Antuérpia e Bremerhaven. No entanto, os grupos ambientalistas NABU e
BUND apresentaram uma queixa formal, alegando que o projecto de dragagem teria
repercussões ambientais devastadoras, uma vez que grandes quantidades de lama e
areia seriam despejadas em zonas húmidas costeiras frágeis.
Na quinta-feira, 9 de Fevereiro, um tribunal administrativo
na Alemanha considerou que o projecto viola, parcialmente, a lei ambiental do
país. Apesar disso, o tribunal decidiu que o rio poderá continuar a ser dragado
pela sétima vez, se os planos forem alterados de forma a assegurarem a
segurança do ecossistema marinho.
A cidade de Hamburgo e as vias navegáveis federais
planeiam dragar 130 km de rio para que navios com 14,5 metros de calado possam aceder
ao porto, contra os actuais 13,5m. Actualmente, os navios maiores têm de
suportar longos períodos de espera para aceder ao porto. Por esse facto, havia
a preocupação, por parte dos responsáveis portuários, que algumas linhas de
navegação procurassem portos alternativos se o presente projecto de
aprofundamento do Elba não se concretizasse.
O governo da cidade de Hamburgo disse que ficou satisfeito com
a decisão do tribunal de permitir, condicionalmente, o avanço dos trabalhos, já
a associação das empresas portuárias de Hamburgo (UVHH) lamentou que o tribunal
não tenha indeferido, liminarmente, o processo interposto pelos ambientalistas para
parar a dragagem.
Depois da decisão do tribunal administrativo alemão, as acções
da HHLA, a operadora do terminal portuário de Hamburgo, caíram 11,5%.
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