Há um ano atrás os dados disponíveis sobre as indústrias responsáveis
pela movimentação bens perspectivavam um futuro sombrio, o que veio a
suceder, embora com danos limitados. Hoje muitos desses indicadores apontam
para uma perspectiva muito mais brilhante da economia global, sugerindo que a
recuperação veio, de facto, substituir a deflação.
Essa mudança radical nas expectativas é reforçada por uma
recuperação nos dados de transporte. O custo do transporte de contentores desde
os portos da China, por exemplo, tinha caído mais de 40%, no início do ano
passado, comparado ao pico de meados de 2012. Agora, esses mesmos índices de frete
de contentores de Xangai (e do resto da China), têm vindo a crescer.
Nas ferrovias da América do Norte, a imagem de há um ano
atrás era desoladora. O transporte ferroviário de carvão, produtos químicos,
metais, produtos agrícolas, automóveis e outros bens vinha a declinar de semana
a semana desde Março de 2015, até ao final de Outubro de 2016. Desde então, no
entanto, os dados da American Railroads retornaram para terreno positivo.
A actividade entre os Estados Unidos e a Ásia também
aumentou nos últimos meses. O volume de contentores (TEUs) enviados da América
do Norte para a Ásia ficou abaixo da média na maior parte do ano de 2015 e no
primeiro trimestre de 2016. Os dados mais recentes da World Line, no entanto,
sugerem que esse volume tem vindo a recuperar e registrou um recorde no final
de Novembro
Já no que respeita aos dados disponíveis da troca de bens
entre a América do Norte e a Europa, os volumes de TEUs registaram um máximo de
dois anos em Março de 2016, mas desde têm vindo a recuar, mesmo abaixo dos
números de 2011. Também o Baltic Dry Index caiu para mínimos de vários anos, no
início de 2016, tendo sofrido um comportamento instável, alcançando um pico em
meados de Novembro.
A recuperação nos dados de transporte global ajuda a
confirmar que no mundo real, a recuperação está a começar a ganhar alguma
força.Artigo original
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