Uma central de energia flutuante construída de raiz num
navio que possa viajar para qualquer lugar do mundo e fornecer energia a
comunidades onshore onde ela seja
necessária, segundo apresentou Andy McKeran, Executivo Marítimo, Marine
Solutions da GE.
Naturalmente, o uso de navios como unidades flutuantes de
negócios não é novidade – os navios de cruzeiro gigantes podem hospedar luxuosamente
milhares de pessoas por semanas, os navios da indústria petrolífera offshore fornecem alojamento flutuante e
instalações de perfuração em mar agitado durante todo o ano. O fornecimento de
energia será outro exemplo do que a tecnologia naval pode alcançar hoje em dia.
É um exemplo inovador e flexível, ideal para áreas com fraco
acesso à infra-estrutura. Como a construção de uma rede eléctrica pode levar
muitos anos e tem um custo enorme, uma instalação como esta pode fazer geração
de energia e distribuí-la, ajudando as comunidades a terem acesso ao abastecimento
essencial de energia.
No entanto, conceber uma instalação desta natureza não é
tarefa fácil. Do financiamento à gestão de projecto, há toda uma cadeia de
conhecimento necessária para ter sucesso. Escusado será dizer que a tecnologia
também desempenha um papel essencial na cadeia de valor, havendo várias
considerações críticas.
Em comparação com os navios de transporte convencionais, uma
central exige conhecimentos significativos de engenharia para construir uma instalação
geradora de energia estável utilizando um plataforma de navio, devendo o sistema
ser capaz de suportar o ambiente marinho agressivo, que pode danificar o
equipamento ao longo do tempo. As máquinas precisam ser projectadas
especificamente para suportar até mesmo os climas mais extremos, com
temperaturas que podem variar entre os -20 e os 50 graus Celsius.
Atendendo à própria natureza das geradoras, elas podem
ser implantadas em qualquer lugar do mundo, no entanto, as diferentes regiões
têm códigos de diferentes rede a respeitar (voltagem, amperagem, tipologia), de
modo que os navios precisam ser adaptáveis o suficiente para se ligarem à
rede e capazes de "bombear" a energia eléctrica onde quer que ela
seja necessária.Artigo original
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