Os armadores estão a ser aconselhados pelos P&I’s a
evitar rendições de tripulação nos EUA envolvendo nacionais de sete países
As tripulações estrangeiras de sete países africanos e do
Oriente Médio estão proibidas, por 90 dias, de entrar em portos americanos como
contraparte de uma ordem executiva do presidente Trump destinada “a proteger os
EUA do terrorismo”.
As ONG’s de carácter religioso e humanitário, que mantém um
diálogo permanente com a US Customs and Border Protection (CBP), confirmaram
que tripulações originárias da Síria, Iémen, Sudão, Somália, Iraque, Irão e
Líbia – os países afectados pela ordem executiva do presidente dos EUA, Donald
Trump, assinada em 27 de Janeiro – não serão autorizados a sair a terra ou autorizados
a entrar nos Estados Unidos com vistos de trânsito “C-1” para embarcar nos seus
navios.
“Embora o CBP não
tenha adiantado nada sobre emergências médicas, a ordem executiva fornece
alguma margem de manobra quando alega o “caso a caso”, disse o director do SCI
Douglas Stevenson ao IHS Fairplay.
As rendições de tripulantes nos EUA envolvendo marítimos daqueles
sete países indicados pela ordem de Trump não serão permitidas, de acordo com o
escritório de advocacia Freehill Hogan & Mahar, especialista em direito
marítimo. “Portanto, recomenda-se que para os próximos 90 dias, os armadores
devem evitar alterações de tripulação nos EUA envolvendo tripulantes de
qualquer um desses sete países”. Embora os navios que transportam tripulações
dos países afectados provavelmente não serão sujeitos à proibição temporária, “não
ficaria surpreso se um navio fosse ordenado a colocar guardas de segurança
contratados no corredor da embarcação para garantir que tais membros da
tripulação não possam sair do navio”, observou a empresa de advogados.
Já hoje, houve informação de que também foram apertados
critérios de entrada a nacionais de outros países, como Brasil e Argentina, passando,
por exemplo, a serem necessárias entrevistas presenciais para alguns casos em
que antes eram dispensadas – http://www.tvi24.iol.pt/internacional/vistos/trump-aperta-criterios-de-entrada-nso-eua-tambem-a-brasileiros.
De acordo com o mais recente relatório BIMCO / ICS
Manpower publicado no ano passado, os cinco principais países fornecedores de mão-de-obra
marítima são a China, Filipinas, Indonésia, Rússia e Ucrânia. O número de
tripulantes dos sete países afectados pela proibição de imigração é
provavelmente mínimo, segundo o director executivo da Associação do Ministério
Marítimo da América do Norte.Artigo original
Sem comentários:
Enviar um comentário