Os sul-africanos foram às suas praias no domingo para protestar contra os planos da Royal Dutch Shell de fazer a exploração sísmica de petróleo, que dizem ameaçar a vida marinha, como baleias, golfinhos, focas e pinguins num trecho de costa selvagem e intocado.
Na sexta-feira, um tribunal sul-africano rejeitou um pedido apresentado por ambientalistas para interromper a exploração do petróleo na Costa Selvagem da costa leste, rejeitando – dando-o como não comprovado – o argumento de que isso causaria "danos irreparáveis" ao meio ambiente marinho, especialmente a migração de baleias jubarte.
A Costa Selvagem é o refúgio de vida selvagem mais preservado do país e as suas estonteantes áreas selvagens costeiras são, também, uma grande atração turística.
Pelo menos 1.000 manifestantes estiveram presentes numa praia perto de Port Edward, segundo um correspondente da Reuters TV.
A Shell não mostrou disponibilidade para comentar, mas a empresa disse na sexta-feira que a sua planeada exploração tem aprovação regulatória e que contribuirá significativamente para a segurança energética da África do Sul se forem encontrados os recursos.
Mas a população local teme que as ondas sonoras sísmicas conduzidas em mais de 6.000 quilómetros quadrados mate ou afaste os peixes dos quais eles dependem para viver.
Os ambientalistas estão a pedir que a Shell e outras empresas petrolíferas parem de prospetar petróleo, argumentando que o mundo não tem oportunidade de chegar a zero carbono líquido até 2050 se os depósitos de petróleo existentes forem consumidos, muito menos se novos forem encontrados.
No início deste ano, um tribunal holandês ordenou que a Shell reduzisse as emissões de carbono do planeta em 45% até 2030 em relação aos níveis de 2019, uma decisão de que a empresa planeia apelar.
O Ministério do Meio Ambiente da África do Sul referiu à Reuters uma declaração no final do mês passado de que "o Ministro responsável pelos assuntos ambientais ... não está mandatado para considerar o pedido ou para tomar uma decisão sobre a autorização da pesquisa sísmica."
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