26 de dezembro de 2021

Escassez de contentores leva a embarque de café a granel

No mundo do comércio de café, um navio navegando pelo Oceano Atlântico está a atrair muita atenção. É o navio de carga geral chamado Eagle que navega desde Lampung, em Sumatra, agora no Mediterrâneo, que se dirige a Nova Orleans. O transporte de sacos de café robusta empilhados no seu porão para os EUA – onde os torradores estão sem abastecimento – é um dos primeiros embarques deste tipo em mais de 20 anos.

O navio faz parte de uma experiência crescente na indústria, onde produtores, torrefatores e comerciantes procuram superar a escassez global de contentores, o que tem causado a cumulação de embarques sem precedentes.

Retomas económicas escalonadas durante a pandemia e uma aceleração das compras online criaram desequilíbrios no frete. Isso tornou os contentores de embarque, na melhor das hipóteses, muito caros para transportar o café, na pior das hipóteses impossíveis de obter, inflacionando os preços, já de si anormalmente altos por razão de uma década de piores produções no Brasil.

Outros navios de carga fracionada também estão a partir do Porto de Santos, no Brasil, onde a maior cooperativa de arábica do mundo, a Cooxupe, embarcou 108.000 sacas de café para a Europa em navio afretado por um cliente no início de dezembro, de acordo com o diretor comercial Lucio Dias. A cooperativa movimentará mais dois carregamentos de sacos de café sem recurso a contentores em janeiro.

"Tudo é mais difícil ao manusear as sacas em comparação com os contentores, desde o transporte terrestre na origem até o recebimento no destino, já que apenas alguns portos possuem equipamentos adequados para retirar as sacas do porão de um navio", disse. Normalmente, o café é despejado a granel em contentores especiais ou os sacos são empilhados dentro de contentores para facilitar o transporte marítimo e ferroviário.

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