14 de novembro de 2020

Noruega processa DNV GL no caso da fragata afundada

As Forças Armadas Norueguesas presumiram que a sociedade de classificação DNV GL é a responsável pelo colapso do KNM Helge Ingstad no final de 2018 e exige NOK 15 mil milhões de indemnização. Em 2017, a DNV GL (anteriormente conhecida como Veritas) deu à KNM Helge Ingstad um novo certificado de classe, válido até 2021. A aprovação veio após uma inspeção quinquenal realizada em 2016. Além deste processo, foi movido outro contra o proprietário da o navio-tanque Sola TS, de bandeira maltesa, que colidiu com o Ingstad, que, ao contrário da fragata perdida, voltou a operar depois de reparado.

No ano passado, o Accident Investigation Board Norway concluiu, entre outras coisas, que o treino da tripulação da ponte da fragata era deficiente. No entanto, também concluiu que a água do compartimento do gerador havia inundado o compartimento da engrenagem através dos veios de hélice, por serem ocos. As Forças Armadas argumentam que a DNV GL deveria ter revelado isso com antecedência. O Helge Ingstad colidiu com o petroleiro Sola TS em novembro de 2018, quanto voltava de um grande exercício da OTAN, o Trident Juncture, e foi o pior acidente do tipo em águas norueguesas. A entrada de água tornou os danos mais extensos e levou à decisão de evacuação por parte da tripulação.

KNM Helge Ingstad era uma fragata da classe Fridtjof Nansen da Marinha Real da Noruega. Com o nome de Helge Ingstad, um explorador norueguês, fora construída em Espanha e estava preparada para guerra antiaérea, antissubmarina e de superfície. Colidiu com o petroleiro Sola TS em 8 de novembro de 2018, em águas interiores norueguesas, junto do Terminal Sture. Tendo ficado seriamente danificada na colisão foi encalhada, acabando por afundar. No local do encalhe, em 13 de novembro de 2018, sendo considerado uma perda total construtiva. Foi retirada numa operação de salvamento efetuada entre 27 de fevereiro e 3 de março de 2019. Em junho de 2019, após ser considerado antieconómica a sua reparação, foi decidido desmantelá-la.

O Accident Investigation Board Norway (AIBN) e o Defense Accident Investigation Board da Noruega (DAIBN) desenvolveram uma investigação conjunta, com o envolvimento da Unidade de Investigação de Segurança Marinha de Malta. Em 29 de novembro de 2018, a AIBN publicou o relatório preliminar de acidente, juntamente com duas recomendações de segurança provisórias. Recomendou que as autoridades militares norueguesas investigassem as conclusões do relatório preliminar com vista à implementação de quaisquer medidas de segurança necessárias e que o estaleiro Navantia investigasse aspetos relevantes da conceção da fragata e se outros navios poderiam ser afetados de forma semelhante. A condição de estanqueidade do navio era supostamente garantida por 13 anteparas estanques.

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