A bióloga marinha Ana Hilário, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro (UA), é uma das mentoras do Challenger 150, um programa que quer reunir investigadores de todo o mundo para, nos próximos 10 anos, se debruçarem sobre o mar profundo. As extensões de água que se situam entre os 200 e os 11000 metros abaixo da superfície do oceano, conhecidas como mar profundo, ainda são, em muitos aspetos, um mistério.
O programa, que foi desenvolvido em parceria com Kerry Howell, investigadora na Universidade de Plymouth (Reino Unido) e especialista em Ecologia do Mar Profundo, foi publicado esta quarta-feira nas revistas "Frontiers in Marine Science" e "Nature Ecology and Evolution".
O mar profundo, com vastas extensões de água e fundos marinhos, entre os 200 e os 11.000 metros abaixo da superfície do oceano, é reconhecido globalmente como uma importante fronteira da ciência e da descoberta”, aponta a bióloga marinha Ana Hilário, coordenadora do programa Challenger150 a par com Kerry Howell.
Ana Hilário, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA), observa que, “apesar de o mar profundo representar cerca de 60 por cento da superfície da Terra, uma grande parte permanece completamente inexplorada e a Humanidade conhece muito pouco sobre os seus habitats e como estes contribuem para a saúde de todo o planeta”.
De Portugal, para além da UA, contribuíram para o desenho do programa também cientistas do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, do centro de investigação e desenvolvimento Okeanos da Universidade dos Açores e do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve.
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