A central de
ondas do Pico, foi desligada da rede e alvo da criação de um perímetro de
segurança, na sequência de um desmoronamento parcial ocorrido terça-feira, tendo
a Empresa de Electricidade dos Açores (EDA) anunciado, esta quinta-feira, o seu
desmantelamento.
A WavEC –
Offshore Renewables, associação privada sem fins lucrativos responsável pela
exploração da central desde 2007, referiu, por seu turno, em comunicado, que,
face à “ocorrência do desmoronamento parcial”, foram “tomadas todas as medidas
necessárias para conter riscos”, tendo sido “desconectada da rede e
estabelecido um perímetro de segurança”.
Criada em
1999 como uma central-piloto europeia de energia das ondas, a sua construção
foi financiada pela Comissão Europeia, Empresa de Electricidade dos Açores
(EDA), Energias de Portugal (EDP) e pelo Estado, sob a coordenação científica
do Instituto Superior Técnico.
Em 2007, a
titularidade da central foi cedida à WavEC, que passou a assegurar a sua
exploração, tendo a entidade como missões promover investigação aplicada,
consultoria e actividades pró-bono como a “disseminação e promoção das
oportunidades associadas ao desenvolvimento precoce da energia renovável
marinha no país”.
Em Fevereiro
de 2016, a WavEC, entendeu que a central “já cumprira os seus objectivos como projecto
piloto de demonstração”, e perante o “desgaste da parte submersa da estrutura”,
resolveu desmantelá-la para “assegurar as condições de segurança e ambientais”.
No entanto, o
Governo dos Açores manifestou então interesse, em Janeiro de 2017, em analisar
a “viabilidade da recuperação e dinamização” da central, tendo o WavEC
suspendido a decisão de encerramento.
O projecto
atraiu mais de 11 projectos nacionais e europeus num valor superior a 35
milhões de euros que “contribuíram directamente” com cerca de dois milhões para
as despesas de operação e manutenção da central e as actividades de
investigação desenvolvidas pela equipa local.
A central de ondas do
Pico fez parte de duas redes europeias de infraestruturas de teste de
tecnologias de energia das ondas, que promoveram o acesso de equipas
internacionais à central.Fonte
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